Setor supermercadista apresenta queda na Grande SP

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O setor supermercadista do Estado de São Paulo apresentou os melhores resultados no interior, em detrimento das regiões da Grande São Paulo e Campinas, que registraram quedas de 5,7% e 4,31%, respectivamente, no faturamento do setor em setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são parte da pesquisa mensal sobre o faturamento (deflacionado pelo IPS/FIPE) realizado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS).

 

No acumulado do ano, as regiões têm baixas de 2,47% e 2,13%. Para a Grande São Paulo, setembro teve o pior desempenho do ano na comparação entre os meses de 2018 e 2019. No caso de Campinas, foi o terceiro pior resultado.

 

No Estado, a pesquisa no conceito de mesmas lojas, que considera as unidades em operação no tempo mínimo de 12 meses, aponta que o número de vendas no acumulado de 2019 em relação a 2018 para o Estado é de 0,31%. Em agosto de 2019, o acumulado geral era de 0,45%. A queda acentua a dificuldade de fechar o ano dentro da projeção de 1% realizado pela APAS. Na comparação dos meses de setembro entre os anos, a queda é de 0,79%.

 

O destaque positivo de setembro fica para as regiões de Bauru e Marília que tiveram um forte crescimento de 5% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, o crescimento foi de 6%. Atualmente, a região de Bauru emprega 14,5 mil pessoas no setor e a região de Marília 11,3 mil.

 

Estas regiões representam 4% do faturamento do setor, com 2,3% e 1,7%, respectivamente. No caso da cidade de Bauru, são 192 lojas de varejo alimentar, incluindo espaços nos formatos super, hiper, mini, mercearias, atacados e atacarejos, e a cidade de Marília, 156.

 

Apesar de historicamente ser um mês fraco, os empresários do setor esperavam resultados melhores devido à criação da Semana do Brasil, evento que foi elogiado pelos empresários associados da APAS, dos quais 90% pediram a continuidade em 2020.

 

“Os empresários tiveram pouco tempo para trabalhar junto da indústria e poder realizar ofertas mais atraentes. Além disso, o apelido de “Black Friday Verde Amarela” foi apontado pelos empresários como um obstáculo, uma vez que o termo ‘Black Friday’ está intimamente ligado a eletroeletrônicos”, explicou Thiago Berka, economista da APAS.

 

Para Berka, o setor segue mostrando recuperação da crise. “Os supermercadistas estão realizando contratações recordes. Neste ano, dos 10 meses analisadas, três tiveram recordes nos últimos cinco anos e o acumulado é o melhor em três anos. Isto demonstra que há sim melhora no fluxo de clientes e que a aposta do setor está no último trimestre de 2019 devido à liberação do 13º, FGTS e lotes de imposto de renda. A expectativa é que o Natal seja o melhor desde 2014”, explicou o economista.

 

Fonte: Mercado e Consumo


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