Ceasa Minas apura queda na oferta e preços têm ligeira alta no mês de junho

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A oferta de produtos na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), unidade Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), alcançou 150,3 mil toneladas em junho, representando uma quantidade 11,6% inferior à registrada em junho de 2017, e 0,9% menor na comparação com maio. Ao longo do mês, foram movimentados cerca de R$ 340 milhões, valor 2,4% maior que os R$ 332 milhões faturados em maio. Para julho, a expectativa é de queda na oferta e nos preços, justificados pela demanda menor em função das férias escolares.

 

De acordo com as informações divulgadas pela Ceasa Minas, mesmo com a redução na oferta de produtos, os preços não sofreram grandes alterações ao longo do último mês. Isso aconteceu pelo fato de ser um período de temperaturas mais amenas, quando a demanda pelas hortaliças, legumes e frutas tende a ser menor. Em junho, foi verificado aumento de 0,5% nos preços quando comparados com maio.  O preço médio praticado por quilo ficou em R$ 2,26, frente aos R$ 2,19 registrados em maio.

 

No período, a oferta de produtos do grupo de hortigranjeiros somou 108,1 mil toneladas, o que representou uma retração de 10,8% frente a junho do ano passado e de 3,6% quando comparado com maio. O grupo tem a maior participação na composição da oferta da Ceasa Minas, respondendo por 72%.

 

O preço médio do quilo de produtos do grupo de hortigranjeiros foi de R$ 1,94, aumento de 14,8% quando comparado com junho de 2017 e 0,5% menor que o praticado em maio. Dentre os itens que compõem o grupo de hortigranjeiro, a oferta de hortaliças recuou 9,2% e encerrou junho com um volume de 59,1 mil toneladas. Em relação a maio, a oferta ficou praticamente estável, com pequena variação negativa de 0,8%. O preço médio praticado no período foi de R$ 1,69, queda de 4,5% frente ao mês anterior.

 

Na comparação com maio, grande parte dos produtos do grupo de hortaliças apresentou queda na cotação. O menor consumo, em função das temperaturas mais baixas, justifica a redução dos preços. Dentre os produtos que apresentaram queda nos valores destaque para o repolho roxo (36,5%), repolho híbrido (30%), tomate longa vida (30,9%), tomate-cereja (34,9%), beterraba (25,7%), cenoura (24,2%), abobrinha italiana (24,8%), brócolis (17,7%), alface (17,4%) e couve-flor (13,8%).

 

No período, alguns produtos tiveram menor oferta e os preços subiram. Foi o caso do chuchu, cujo preço médio aumentou 48,02%, seguido pelo milho verde, com alta de 31,6%, jiló (25,8%), alho (21,1%), batata (17,4%), abobrinha menina (16,3%) e moranga híbrida (2,3%).

 

Frutas - A oferta de frutas ficou menor na unidade de Contagem da Ceasa Minas. De acordo com o levantamento, em junho, foram ofertadas 43,3 mil toneladas de frutas, variação negativa de 15,4% frente a junho de 2017 e de 7,6% na comparação com o mês anterior. Com a menor disponibilidade, os preços subiram. Na comparação com o mesmo mês do ano passado a alta foi de 16%. Já em relação a maio, o preço médio ficou apenas 0,5% maior, com o quilo avaliado a R$ 2,03. 

 

A laranja, que está entrando em período de baixa produção, teve o preço reajustado em 11,2%, quando comparado com maio. Alta também nos preços do melão (28,6%), maçã (14,3%), banana-nanica (14%) e goiaba (12,5%). Alguns itens ficaram mais acessíveis ao consumidor. Foi o caso do mamão havaí, cujo valor recuou 39%, seguido pela melancia (23%), maracujá (12%), limão (8%) e mamão formoso (5,8%).

 

Ovos - A oferta de ovos na Ceasa Minas aumentou 0,6% em relação a maio e 15,6% na comparação com junho. Apesar da maior disponibilidade, a demanda seguiu aquecida e contribuiu para a elevação dos preços do produto. De acordo com os dados da Ceasa Minas, houve uma variação positiva de 21,8% nos valores do ovo na comparação com maio. A valorização é reflexo da greve dos caminhoneiros, uma vez que os granjeiros tiveram sérios problemas, como a falta de alimentação e redução do plantel.

 

Desta forma, os preços se mantiveram em níveis bastante elevados durante a primeira quinzena, quando começou o processo de normalização da oferta, mas não o suficiente para evitar a alta mensal. O aumento da disponibilidade de ovos foi proporcionado pela comercialização do produto vindo do Mato Grosso.

 

Para julho, os preços médios dos ovos tendem à estabilidade ou até mesmo ao decréscimo em julho. As cotações do milho, principal ingrediente na alimentação das aves, têm se mantido estáveis e não devem influenciar significativamente as variações.

 

Fonte: Diário do Comércio de Minas


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