Consumo de alimentos orgânicos cresce no Brasil

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Após ouvir mais de mil pessoas em 12 grandes cidades brasileiras, o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis), em parceria com a Brain – Bureau de Inteligência Corporativa, descobriu que 19% dos entrevistados consomem algum produto orgânico. Há dois anos, esse percentual era de 15%. 

O diretor da Organis, Cobi Cruz, acha o dado positivo, mas confessa que esperava um crescimento um pouco maior. “O mercado vem se expandindo de maneira vibrante”, justifica.

 

Mesmo assim, o preço mais elevado assusta boa parcela dos consumidores. “O interessante é que metade entende o motivo disso”, analisa Cruz. A outra parcela crê em conceitos errados, como de que orgânicos deveriam ser até mais baratos, já que não dependem de agrotóxicos.

 

“Só que a produção envolve muita mão de obra, normalmente em pequena escala, e os insumos são mais caros”, explica o diretor da Organis. Para ele, a conscientização é o caminho para atingir esse público.

 

Veja os principais achados da pesquisa encomendada pela Organis

 

·         1 em cada 5 brasileiros já consome algum alimento orgânico no país;

·         A ingestão de orgânicos – entre quem tem esse hábito – acontece, em média, três vezes por semana;

·         Frutas, verduras e legumes são os itens mais vendidos do setor, que ainda tem cosméticos, roupas etc;

·         75% dos entrevistados citaram o valor mais elevado como fator que pesa na decisão de compra;

·         A oferta vai além da feira.

 

Embora as feiras livres e os hortifrútis sejam os locais priorizados na hora de comprar frutas, legumes e verduras orgânicos, os grandes supermercados estão abrindo um espaço cada vez maior para esses vegetais.

 

O Carrefour, por exemplo, lançou recentemente o movimento Act for Food, que tem entre seus objetivos colocar o grupo varejista na liderança de venda dos orgânicos no país. Só em 2018 a companhia notou uma alta de 82% nas vendas de produtos do setor.

 

“Um dos grandes desafios é fazer a produção ganhar escala”, descreve Lúcio Vicente, chefe de sustentabilidade do Carrefour Brasil. “Hoje, a distribuição é limitada”, completa.

 

Para mudar o cenário, ele frisa que não adianta só comprar e revender os alimentos: é preciso dar visibilidade aos pequenos agricultores e apoiar toda a cadeia produtiva. Para facilitar esse processo, o Carrefour até assinou uma parceria com a Fundação Getulio Vargas.

 

Com iniciativas assim, o esperado é ver a oferta crescer, as pessoas buscarem mais os orgânicos e, por tabela, o preço cair.

 

Fonte: Mercado e Consumo


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