Agroceres investe R$ 18 milhões em unidade

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São Paulo - A AgroceresPIC investiu R$ 18 milhões na nova unidade de disseminação de genes (udg) em Laranjeiras do Sul, no Paraná. O aporte é parte da meta de ampliar a venda de doses de sêmen de suínos para 3 milhões de doses em 2018.

 

Resultado da parceria entre a Agroceres e a PIC (Pig Improvement Company), da Inglaterra, a companhia vendeu 1,1 milhão de doses em 2016 e prevê encerrar 2017 com 1,8 milhão de doses vendidas, revela o diretor-superintendente da AgroceresPIC, Alexandre Furtado da Rosa.

 

Para chegar a este resultado, a empresa projeta investimento total de R$ 25 milhões, considerando os anos de 2016 e 2017, segundo ele.

 

Com três unidades, uma em Fraiburgo, Santa Catarina, outras duas em Minas Gerais (Patos de Minas e Presidente Olegário) a empresa produz 100 mil doses de sêmen por mês. "Nossa meta é dobrar a produção para 230 mil doses mensais com a nova unidade", complementa o executivo, destacado que a nova unidade é a maior da América Latina. A planta inaugurada ontem terá capacidade para 700 machos. As doses devem ser vendidas a partir de agosto.

 

O projeto de expansão da empresa tem como objetivo reforçar o modelo de genética líquida na suinocultura, ou seja, a aquisição de sêmen para uso nas propriedades. O formato tradicional para a reprodução de suínos é a venda de machos e fêmeas para que a inseminação seja feita nas propriedades, uma vez que o sêmen suíno resfriado tem vida útil de até seis dias.

 

O modelo é amplamente utilizado nos Estados Unidos e na Europa, onde representa 90% da comercialização de genética suína. "Com a dificuldade de contar com mão-de-obra qualificada, essa alternativa permite ao produtor ter genética de qualidade sem ter que contar com uma estrutura para uma central de inseminação", esclarece Rosa. "Isso também permite que os produtores tenham acesso ao material genético dos melhores animais", acrescenta ele.

 

A próxima unidade a ser construída, em Minas Gerais, deve abrigar outros 400 machos, o que deve permitir que a produção total da empresa avance para 500 mil doses por mês até o final deste ano.

 

Mercado promissor

 

A empresa começou a oferecer a venda do sêmen para os produtores há quatro anos. O que exigiu investimento também na logística. "Tivemos que contratar uma empresa especializada em transporte de produto perecível para que o período entre a coleta e a entrega não passe de 24 horas para uso em até 48 horas", pontuou o diretor da companhia.

 

Segundo Rosa, a ampliação estava prevista para 2016, mas só foi concretizada neste ano. "O projeto foi atrasado pela demora na obtenção de licenças ambientais e pelo excesso de chuvas no Paraná", explica.

 

Depois do Sul e Sudeste, a empresa também planeja uma nova unidade no Centro-Oeste. "Esse plano é para os próximos dois anos e nos permitirá atender aos principais polos de suinocultura do País", avalia o executivo. Vale destacar que a região Sul, onde a empresa já está presente, concentra 65% da produção de suínos do País.

 

O avanço da empresa ocorre em um momento promissor para a suinocultura brasileira. O País é o quarto maior produtor mundial de carne suína, com, com 3,7 milhões de toneladas de carne suína produzidas em 2016. O plantel brasileiro é de 1,7 milhão de matrizes criadas em 3,1 mil granjas de produção e 15 mil de engorda, segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS).

 

As exportações de carne suína também estão em alta, mesmo diante da retração do mercado chinês. Foram US$ 598,7 milhões entre janeiro e maio, alta de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Em volume, os embarques somaram 239,7 mil toneladas, recuo 3,3% na mesma base de comparação.

 

 

 

Fonte: DCI São Paulo

 

 


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