Consumidor da Capital segue pessimista

Leia em 2min

Como conseqüência dos desanimadores indicadores econômicos e apesar dos esforços para o controle da inflação, o consumidor belo-horizontino continua pessimista, "mas menos do que no mês passado", observa a coordenadora de pesquisa e desenvolvimento do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipead-UFMG), Thaize Vieira Martins Moreira,.

Em julho, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) alcançou 46,1 pontos, abaixo, portanto, do nível 50 que separa o otimismo da desconfiança. No acumulado do ano, a variação foi negativa em 13,43%, e no acumulado dos últimos doze meses recuou 11,12%. Mas, na comparação com junho, foi observado um aumento de 0,28%.

Na composição do ICCBH, os fatores que mais contribuíram para o pessimismo estão relacionados à conjuntura econômica e à política do governo federal em relação à inflação (33,75), a situação econômica do país (36,31) e emprego (43,87), além da pretensão de compra, que quase alcança o otimismo (49,17). Como indicadores de confiança estão a situação financeira da família em relação ao passado (54,23) e a situação financeira da família (58,45).

Enquanto a variação do ICCBH foi positiva em 0,28% na comparação com junho, a do Índice de Expectativa Financeira (IEF) subiu bem mais, com variação de 3,13% e a do grupo Índice de Expectativa Econômica recuou 2,88%. O item emprego foi o que apresentou o maior recuo no período (7,76%) seguido pela situação econômica do país (5,57%); situação financeira da família em relação ao passado (1,83%).

A avaliação do consumidor melhorou em relação a três variáveis: a da pretensão de compra, com variação positiva de 3,78%; a da situação financeira da família, com aumento de 4,69% e a inflação, com aumento de 11,17%. "A percepção do consumidor em relação à inflação foi de melhora", pontua Thaize, ressaltando os indicadores de estabilidade. Entre os itens que o consumidor mais pretende comprar destacam-se os de vestuário e calçados, com 15,71%; móveis (11,43%), moradia (10,95%) e veículos/eletrodomésticos (7,62%).

Acumulado - A queda de 2,88% no Índice de Expectativa Econômica (IEE) verificada em julho segue uma tendência de desconfiança. No acumulado do ano caiu 18,28% e, nos últimos doze meses, recuou 16,86%. Já em relação ao Índice de Expectativa Financeira (IEF), o consumidor mudou a sua percepção. Aumentou 3,13% em julho, contra uma queda de 3,62% no acumulado do ano e de uma variação negativa de 0,52% nos últimos doze meses.



Veículo: Diário do Comércio - MG


Veja também

Setor prevê recuperação até dezembro

Grande aposta do mercado está na segunda metade do ano, com meta de crescimeO cenário não é ...

Veja mais
Queda nas vendas faz lucro da Ambev recuar no trimestre

Apesar da redução nas vendas, empresa conseguiu elevar receita em razão do aumento dos preço...

Veja mais
Comércio e serviços têm queda no índice da confiança, diz FGV

A piora da confiança dos empresários dos setores de comércio e de serviços em julho veio da ...

Veja mais
Depois de tombo no varejo, Fibra retoma foco no atacado

Depois de uma desastrosa incursão pelo crédito ao consumo, o banco Fibra, da família Steinbruch, se...

Veja mais
Dia dos Pais deverá movimentar R$ 45,4 milhões no varejo da Capital do RS

CDL Porto Alegre e Sindilojas preveem crescimento de 10,6% em relação ao ano passadoApesar dos sinais de d...

Veja mais
BRF pode cortar investimentos em R$ 200 milhões no ano

A BRF assinalou ontem que pode reduzir o montante de investimentos da companhia para este ano de R$ 2 bilhões, co...

Veja mais
Vendas aumentam 8% no 1° semestre, aponta Abrasce

As vendas em shopping centers tiveram alta de aproximadamente 8% no primeiro semestre deste ano ante o mesmo perí...

Veja mais
Preços altos impactaram compras no mês de julho

Pesquisa realizada pela Hibou, empresa  de pesquisa e monitoramento de mercado, apontou que 47% dos consumidores ap...

Veja mais
Câmbio depende de commodities, diz estudo do BC

Estudo de um economista do Banco Central, Emanuel Kohlscheen, inclui o real num clube de moedas cujo valor é dete...

Veja mais