Retração do comércio na Capital é de 1,95%, em 8 meses

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Da mesma forma que as altas taxas de juros e o aumento da inflação têm prejudicado o poder de compra das famílias e, consequentemente, a atividade comercial em Minas Gerais, o comércio varejista de Belo Horizonte tem amargado prejuízos. Levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) aponta que as vendas feitas em agosto na capital mineira, embora tenham ficado estáveis em relação a julho, foram menores que as de igual mês do ano passado. No acumulado de 2016, o resultado também segue negativo.

O vice-presidente da entidade, Marco Antônio Gaspar, destaca que as retrações das vendas têm perdido intensidade nos últimos meses, mas continuam representando as consequências do cenário econômico desafiador. O dirigente cita a alta dos preços e dos juros, o nível de desemprego e a diminuição da renda das famílias como principais fatores para a série de resultados ruins.

Na comparação de agosto com julho, houve aumento de 0,17% nas vendas, enquanto em relação ao mesmo período de 2015 foi registrada queda de 1,75% nas atividades comerciais. Dessa maneira, no acumulado dos oito primeiros meses deste exercício, a retração chegou a 1,95%. “Para se ter uma ideia, quando comparamos os primeiros oito meses de 2015 com igual intervalo de 2014, o recuo chega a 2,41%”, diz.

Em relação aos próximos meses, Gaspar afirma que tudo indica que as retrações continuarão perdendo intensidade, porém, ele admite que será praticamente impossível alcançar resultados positivos no fechamento de 2016. “Não sei se o setor consegue recuperar essas quedas em quatro meses”, pondera.

Na comparação mensal, apresentaram queda nas vendas os setores de supermercados e produtos alimentícios (5,34%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (2,29%); papelarias e livrarias (1,81%); artigos diversos (0,92%); veículos novos e usados – peças (0,59%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (0,11%) e ferragens, material elétrico e de construção (0,05%). O único segmento que apresentou desempenho positivo nessa base de comparação foi o de drogarias, perfumes e cosméticos (2,15%).

Já quando considerado o acumulado do ano, os setores que apresentaram queda nas vendas foram: papelarias e livrarias (2,55%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (2,35%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (1,70%); ferragens, material elétrico e de construção (1,19%) e supermercados e produtos alimentícios (1,05%).

Por outro lado, tiveram desempenho positivo os segmentos de veículos novos e usados – peças (1,37%); drogarias, perfumes e cosméticos (1,07%) e artigos diversos, que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (0,63%).

Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas


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