MPEs geraram 8 mil empregos formais no Estado em fevereiro

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Setor de serviços foi o que mais criou vagas

 

 

 

As micro e pequenas empresas (MPEs) de Minas Gerais geraram 8,2 mil postos de trabalhos formais, já descontando as demissões, em fevereiro. Foram as MPEs as maiores responsáveis pelo saldo positivo de 9 mil empregos formais no Estado no período, respondendo por 91,1% desse total. As atividades que mais empregaram pessoas dentro desses portes de empreendimentos no intervalo foram a agropecuária, a indústria de transformação e, principalmente, o setor de serviços.

 

O levantamento foi feito pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). "As pequenas empresas dependem muito das grandes, que consomem produtos e serviços das pequenas. Este resultado mostra que as grandes também estão começando a mostrar sinais de recuperação", explicou o analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Breno Fernandes.

 

 

De acordo com o levantamento, as MPEs mineiras contrataram 88,6 mil pessoas e demitiram 80,4 mil trabalhadores em fevereiro, gerando um saldo superavitário de 8,2 mil empregos formais. O resultado é bem superior ao apurado para as MPEs no mesmo mês do ano passado, quando as empresas desses portes eliminaram 1,8 mil vagas. Somente as MPEs que atuam no setor de serviços geraram 4,5 mil vagas de postos de trabalhos formais em fevereiro dentro do Estado. O segmento respondeu por praticamente 55% do saldo global do emprego formal do período para empresas desses portes.

 

 

"Durante uma crise é natural que as pessoas evitem comprar ou cortem gastos com serviços, que é um segmento que auxilia as pessoas a controlarem as despesas quando a renda está menor. A geração de vagas por empresas prestadoras de serviços já vem de dois meses com saldo positivo e isso pode representar um ensaio para a retomada do crescimento da economia", analisou Fernandes. A indústria da transformação também desempenhou papel importante entre as MPEs para a geração de saldo positivo do emprego formal em fevereiro. No período, o setor abriu 1,8 mil vagas. Para o analista do Sebrae Minas, o parque produtivo foi muito impactado pela crise e está começando a retomar as atividades diante das expectativas da recuperação do poder de compra das famílias.

 

 

As MPEs do setor agropecuário geraram 1,6 mil postos de trabalhos formais em fevereiro. Em seguida veio o comércio, com saldo positivo de 209 vagas, depois a indústria extrativa mineral, com a geração de 17 empregos formais no período, conforme as informações do Sebrae Minas. Na contramão dos outros setores, o único segmento que ficou no vermelho foi o da construção civil, que eliminou 43 vagas de emprego. Regiões - No ranking de geração de empregos formais em fevereiro por região, foi a Central que registrou o maior saldo positivo, de 2,3 mil vagas, entre as MPEs. Dentro da região, com 1,7 mil postos de trabalho gerados, foi o setor de serviços o maior responsável pelo resultado.

 

 

 

O Centro-Oeste e o Sudoeste de Minas abriram 2,2 postos de trabalhos formais, já descontando as demissões. Neste caso, foi a indústria da transformação, com saldo de praticamente 1,5 mil vagas, que apurou o melhor resultado regional. O Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, seguindo a vocação local para o agronegócio, responderam pela geração de 2 mil vagas, a maior parte delas (1,1 mil) na agropecuária. O destaque negativo regional ficou por conta do Vale do Rio Doce e do Vale do Aço. Essas regiões eliminaram, juntas, 171 vagas de emprego formal. Dentro dessas regiões, os setores da economia que mais demitiram foram a construção (-205 vagas) e o comércio (-150 postos de trabalho).

 

 

Fonte:Diário do Comércio de Minas

 


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