Mercado reduz novamente a estimativa de inflação e de alta do PIB em 2017

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Os economistas das instituições financeiras baixaram novamente a previsão para a inflação ano e também para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. As expectativas foram coletadas na semana passada e divulgadas pelo Banco Central nesta segunda-feira (17) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de cem instituições financeiras foram ouvidas.

 

Para a "inflação oficial do país", o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a estimativa caiu de 4,09% para 4,06%, a sexta queda consecutiva.

Para 2018, a previsão do mercado para a inflação recuou de 4,46% para 4,39%.

Com isso, manteve-se a expectativa de que a o indicador ficará abaixo da meta central, que é de 4,5% neste e no próximo ano.

 

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que para isso eleva ou reduz a taxa de juros (Selic).

A meta central não é atingida no Brasil desde 2009. Naquele momento, o país ainda sentia de forma mais intensa os efeitos da crise financeira internacional que acabou se espalhando pelo mundo.

 

Pelo sistema vigente no Brasil, a meta de inflação é considerada formalmente cumprida quando o IPCA fica dentro do intervalo de tolerância também fixado pelo CMN. Para 2017, esse intervalo é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima do centro da meta. Assim, o BC terá cumprido a meta se o IPCA terminar este ano entre 3% e 6%.

 

No ano passado, a inflação ficou acima da meta central, mas dentro do intervalo definido pelo CMN. Já em 2015, a meta foi descumprida pelo BC - naquele ano, a inflação superou a barreira dos 10%.

 

PIB

As previsões do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano baixaram de um crescimento de 0,41% para um avanço de 0,40%. Para 2018, manteve-se a expectativa de alta de 2,50%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

 


No ano passado, o PIB do país caiu pelo segundo ano seguido e confirmou a pior recessão já registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Taxa de juros

A expectativa do mercado para a taxa básica de juros (Selic) ficou estável em 8,5% para este ano, bem como para 2018.

Na quarta-feira passada (12), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu baixar a Selic em 1 ponto percentual, para 11,25%, o quinto corte consecutivo e o maior em 8 anos.

 

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. A instituição tem de calibrar os juros para atingir índices pré-determinados pelo sistema de metas de inflação brasileiro.

As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Entretanto, também prejudicam a economia e geram desemprego.

 

Câmbio, balança e investimentos

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 ficou estável em R$ 3,23. Para o fim de 2018, a previsão para o dólar avançou de R$ 3,37 para R$ 3,40.

 

A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2017 subiu US$ 50,9 bilhões para US$ 52 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa para o superávit baixou de US$ 42,49 bilhões para US$ 42 bilhões.

 

A expectativa do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2017 ficou estável em US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa subiu de US$ 74 bilhões para US$ 75 bilhões.

 

 

Fonte: Portal de Notícias G1

 


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