Oferta de produtos cresceu 7% em março

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A oferta de produtos nas Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas), unidade Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), registrou crescimento de 7% em março, frente a fevereiro, com a comercialização de 172,86 mil toneladas de produtos entre hortifrutigranjeiros, cereais e industrializados. No período, o faturamento chegou a R$ 393,8 milhões. No mês, foi apurada alta na oferta de hortaliças, frutas e ovos.

 

No grupo de hortigranjeiros, que respondeu por 73,7% de toda a oferta na CeasaMinas em março, foram comercializadas 127,364 mil toneladas de produtos provenientes de 540 municípios, com destaque para Jaíba, Matias Cardoso, ambos municípios da região Norte de Minas, e Carandaí, na região Central. A oferta de produtos ficou 5,8% maior quando comparada com fevereiro e 1% superior a março de 2016. Em relação ao preço médio, foi verificado aumento de 4,9%, com o quilo negociado a R$ 1,94.

 

Dentre os itens que compõem o grupo de hortigranjeiros, foi verificada alta mensal de 4,1% na oferta de hortaliças, que somou 65,7 mil toneladas. Com a oferta elevada, o preço médio do quilo recuou 21,1% frente ao valor praticado em fevereiro, encerrando o período em R$ 1,45.

 

O orientador de Mercado da CeasaMinas, Douglas José Pereira Costa, destaca alguns produtos que tiveram alta na oferta, como o repolho hibrido, cujo volume passou de 2,8 mil toneladas, em fevereiro, para 3 mil toneladas em março, aumento de 7,3%. Em relação a igual mês do ano passado, o incremento na oferta foi de 70%. O preço médio caiu 15,3% na comparação mensal, com o quilo negociado a R$ 0,50.

 

A oferta de cebola cresceu 0,8% em relação a fevereiro. Mesmo com a variação pequena, os preços caíram 2,7%, com o quilo negociado a R$ 1,1. Destaque também para o chuchu cujo preço recuou 52,8% em março, frente a fevereiro, com o quilo cotado a R$ 0,58. No período, a oferta de chuchu ficou 27,4% maior, com a disponibilização de 2,6 mil toneladas.

 

"No caso do chuchu, a oferta foi muito grande entre fevereiro e março, o que provocou queda nos preços. Se não tiver nenhum problema climático, a tendência é de boa condição de oferta até meados do ano".

A comercialização de frutas, ao longo de março, somou 55,7 mil toneladas, aumento de 6,4% frente a fevereiro. O preço médio do grupo foi de R$ 2,24 o quilo, valor 0,9% maior que o verificado em fevereiro.

 

No período, o preço do mamão havaí saiu de R$ 1,31o quilo, para R$ 1,73, aumento de 32%. O preço da laranja chegou a R$ 1,86, aumento de 4,5%. "Contribuíram para o aumento do preço da laranja as chuvas registradas no período e a alta demanda proveniente da indústria para o esmagamento. Além disso, as temperaturas elevadas estimulam o consumo", explicou Costa.

 

Aumento também nos preços da melancia. O quilo da fruta, que era vendido a R$ 0,88, em fevereiro, passou para R$ 1,15 em março, elevação de 30,7%. "A tendência é de preços firmes nos próximos meses. A situação só deve ficar mais favorável a partir de junho".

 

Algumas frutas apresentaram queda nos preços, em função da maior oferta. Foi o caso do abacate, que está em plena safra, e os preços caíram 13,6% saindo de R$ 1,98, em fevereiro, para R$ 1,71 em março. Também em período de safra, o quilo da tangerina ponkan caiu de R$ 3,87 para R$ 2,97, situação que deve perdurar até meados do ano, caso as condições climáticas continuem favoráveis. Ao longo de março, foi verificada queda de 23% nos preços da goiaba, cujo quilo foi negociado a R$ 2,68.

 


Fonte: Diário do Comércio de Minas

 


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