Equipe econômica tenta desvincular reforma da Previdência da crise

Leia em 2min 10s

Em reação às incertezas políticas provocadas pelas denúncias contra o presidente Michel Temer, a equipe econômica traçou uma ofensiva para tirar o "carimbo" da crise da reforma da Previdência e das demais medidas econômicas.

 

A avaliação é que há ainda uma base política relevante para dar continuidade à agenda, mesmo que isso signifique atrasar um pouco mais a votação, como já indicou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A estratégia é manter as negociações para a aprovação das reformas da Previdência e trabalhista, mesmo sem uma definição de qual será o destino de Temer. O secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, por exemplo, disse que a reforma previdenciária vai além das questões de governo.

 

A equipe econômica também está correndo para mandar ao Congresso projetos nas áreas de energia e de petróleo e gás, que devem ficar prontos num prazo entre 40 e 60 dias.

Há uma percepção que, se Michel Temer deixar o cargo, o próximo presidente terá o apoio da mesma base política atual e já terá prontas as medidas para serem encaminhadas. "Trabalhamos com o cenário de que Temer é o presidente da República e ele continuará. Mas temos de ir à luta independentemente do cenário político, para dar continuidade à agenda econômica", disse um integrante da equipe econômica.O que mais preocupa é a reforma da Previdência.

 

O governo tentará votar a proposta na Câmara em junho. Um alerta importante foi dado na segunda-feira pela agência de classificação de risco Standard & Poors, que colocou a nota do Brasil em observação e condicionou um não rebaixamento ao prosseguimento das reformas.

 

Recomposição

Outro ponto que vem sendo dito aos investidores é que a nova rodada de leilões do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) está marcado para setembro. Assim, ainda há tempo de recompor a base política de tal forma que não atrapalhe a agenda de privatização.

 

O cronograma de votação da reforma trabalhista foi mantido e a votação está marcada para a próxima semana. Essa movimentação foi considerada um avanço. O governo, no entanto, não conseguiu avançar na votação da MP do novo Refis e do projeto de convalidação dos incentivos fiscais que visa a acabar com a guerra fiscal entre os Estados. A votação dessas medidas é considerada um teste importante.

 

"Teremos de avaliar como será a votação de medidas importantes, em especial, medidas provisórias, nesta semana e na próxima. Só depois disso, teremos uma ideia da fidelidade da base política do governo", disse fonte da área econômica.

 

 

Fonte: Estadão Conteúdo


Veja também

Empresários estimam que presente de Dia dos Namorados custará entre R$ 50 e R$ 100

 Os empresários de Belo Horizonte apostam em boas vendas para o Dia dos Namorados, neste ano. De acordo com ...

Veja mais
Preço do feijão pode subir mais de 100% nos supermercados

Nos próximos dias o feijão pode pesar para o consumidor. Com o clima instável, possibilidade de gea...

Veja mais
Confiança do consumidor avança em maio, diz FGV

Em maio, a percepção dos consumidores quanto à situação atual permaneceu relativament...

Veja mais
Confiança do consumidor melhora em maio com recuo da inflação e juros em queda

São Paulo - A confiança do consumidor brasileiro voltou a melhorar em maio, após uma pausa no m&eci...

Veja mais
Vendas de festa junina de 2017 devem crescer até 15%

As vendas de produtos para Festa Junina devem crescer de 10% a 15%, pelo menos é o que indica a Associaç&a...

Veja mais
IPC-S sobe em 5 das 7 capitais pesquisadas pela FGV na 3ª quadrissemana

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (...

Veja mais
Prévia da inflação oficial é a menor para maio desde 2006

A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-...

Veja mais
FecomercioSP: Nível de estoques melhora em maio

O Índice de Estoques (IE) de maio, divulgado ontem (22) pela FecomercioSP, alcançou 105,6 pontos, registra...

Veja mais
Governo libera R$ 3,14 bilhões em despesas e reduz corte no orçamento de 2017

O governo informou ontem segunda-feira (22) que, após reavaliar as estimativas de receitas e despesas de 2017, de...

Veja mais