Expectativa de inflação dos consumidores recua em junho, diz FGV

Leia em 2min

A expectativa de inflação dos consumidores para os 12 meses seguintes recuou 0,2 ponto percentual em junho em relação a maio, para 6,9%, a menor desde janeiro de 2013 (6,3%). Na comparação com o mesmo período no ano anterior, o indicador registrou recuo de 3,6 pontos percentuais.

 

A inflação prevista recuou em todas as faixas de renda exceto nas famílias com renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800. A queda mais expressiva ocorreu na faixa de menor poder aquisitivo (até R$ 2.100) cuja expectativa passou de 8,5% em maio para 7,3% em junho, o menor nível desde dezembro de 2013.

 

De acordo com a FGV, durante todo o ano de 2016, houve um expressivo descolamento das expectativas de inflação dos consumidores e de especialistas. A partir de janeiro de 2017 iniciou-se um movimento de redução da diferença, atingindo o menor nível em junho.

 

O movimento de migração de respostas para valores inferiores ao limite superior da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central para este ano continuou em junho, quando 53,8% dos consumidores consultados preveem inflação inferior a 6% nos 12 meses seguintes. A meta central de inflação do BC para 2017 é de 4,5%, com teto de 6%.

 

Houve aumento da frequência relativa de respostas na faixa entre 3,5% a 4,5%, para 18,5% do total, o maior percentual desde março de 2008 (18,5%). Entre os intervalos superiores ao teto de 6%, a faixa entre 7 e 8% sofreu a maior redução relativa de frequência de respostas, ao passar de 10,6% para 8,7% das escolhas.

 

“A tendência de queda das taxas projetadas de inflação vem ocorrendo desde março de 2016 e refletem a recessão prolongada e seus efeitos sobre o consumo das famílias. Nos últimos meses, o ritmo de queda das expectativas dos consumidores aumentou, fazendo com que a diferença em relação às expectativas dos especialistas consultados pelo Banco Central para o Boletim Focus, que alcançara 4,7 pontos percentuais, em fevereiro de 2016, tenha se reduzido a apenas 2,3 p.p., a menor desde março de 2015. A tendência sinaliza aumento da confiança na política monetária, e favorece a recuperação da economia nos próximos meses”, afirma a economista Viviane Seda Bittencourt, da FGV/IBRE.

 

Fonte:  G1

 

 

 


Veja também

Expectativa de recuperação faz com que empresas pensem em contratar

São Paulo - Diante de uma possível retomada econômica, as grandes empresas pensam em contrataç...

Veja mais
Propensão a investir recuou em maio

São Paulo - O indicador de propensão a investir registrou somente 27,2 pontos em maio, pouco abaixo dos 29...

Veja mais
Colheita de café e milho deve avançar com tempo seco

São Paulo - Previsões de tempo seco no Brasil, pelo menos durante a próxima semana, permitirã...

Veja mais
Produto de festa junina banca 39,75% em taxas, diz pesquisa

São Paulo - Os produtos mais consumidos nas Festas Juninas apresentam em média 39,75% de tributos embutido...

Veja mais
Dólar opera quase estável nesta sexta, seguindo o dia anterior

O dólar opera perto da estabilidade nesta sexta-feira (23), seguindo o dia anterior, com o mercado ainda de olho ...

Veja mais
BC mantém em 0,5% estimativa de alta do PIB e vê inflação abaixo de 4% em 2017

O Banco Central informou, em relatório divulgado nesta quinta-feira (22), que mantém a previsão de ...

Veja mais
Com desemprego em alta, 6 em cada 10 jovens buscam profissões tradicionais

Levantamento sobre primeiro emprego realizado pela Vagas.com mostra que 59% dos jovens pesquisados imaginam-se daqui a c...

Veja mais
Prévia do índice de confiança da indústria sinaliza queda, diz FGV

A prévia da sondagem da indústria de junho sinaliza queda de 2,3 pontos do índice de confianç...

Veja mais
Compra virtual é realidade de 89% dos internautas

São Paulo - A decisão de comprar pela internet foi tomada por 89% dos internautas no último ano, se...

Veja mais