Setor de serviços na capital paulista fatura R$ 27,6 bilhões

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O setor de serviços da cidade de São Paulo registrou faturamento real de R$ 27,6 bilhões em abril, a maior cifra para o mês desde o início da série histórica, em 2010. O crescimento de 21,2% em comparação a abril do ano passado representa um acréscimo de R$ 4,8 bilhões nas receitas do setor. As vendas avançaram 13,8% no acumulado do ano e 10,2% em 12 meses.

 
Os dados foram divulgados hoje (17/7) e são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), que traz o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal, elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, fornecidos pela Secretaria Municipal da Fazenda. O município de São Paulo tem grande relevância nos resultados estaduais e nacionais do setor de serviços, representando aproximadamente 20% da receita total gerada no País.
 
Das 13 atividades pesquisadas, dez mostraram aumento em seu faturamento real em abril em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo elas: jurídicos, econômicos, técnico-administrativos (24,9%); serviços bancários, financeiros e securitários (31,3%); e agenciamento, corretagem e intermediação (41,3%). Juntas, as três atividades colaboraram positivamente com 15,6 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral do setor.


 
Por outro lado, as receitas do setor de construção civil (-10,6%) e de representação (-17,1%) registraram queda na mesma base comparativa, impactando negativamente em 0,7 ponto porcentual. Os serviços de conservação, limpeza e reparação de bens móveis exibiram leve recuo de 0,4%, com contribuição nula (0 p.p.) para o desempenho geral.

 

 

 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, depois de registrar altas significativas de faturamento entre janeiro e março, os índices de crescimento apurados em abril sinalizam para a consolidação do ciclo de recuperação do setor de serviços na cidade de São Paulo.


 
No mês, as variáveis determinantes do consumo, tais como inflação, emprego e crédito, mantiveram-se em patamares razoáveis, gerando um ambiente favorável ao crescimento das receitas do setor de serviços na capital. Diante desse cenário, as empresas vêm encontrando um bom momento para a contratação de determinados serviços.
 
Entretanto, a Federação ressalta que a paralisação dos caminhoneiros e as incertezas geradas pelas frequentes turbulências políticas em ano eleitoral poderão, a partir de maio, impactar o cenário econômico.


 
Nota técnica
A partir de fevereiro de 2018, foi adicionado à lista de serviços da PCSS, por meio da Instrução Normativa SF-Surem n.º 23, de 22/12/17, da Secretaria da Fazenda do Município de São Paulo, o código CNAE 02498, relativo a inserção de textos, desenhos e outros materiais de propaganda e publicidade, em qualquer meio (exceto em livros, jornais, periódicos e nas modalidades de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita). Essa inserção impacta diretamente no faturamento da atividade mercadologia e comunicação, que apresentará variações elevadas nos comparativos anuais até completar o ciclo de 12 meses da adição, em fevereiro de 2019.
 
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) é o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal e utiliza informações baseadas nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Prefeitura de São Paulo e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

 

O indicador conta com uma série histórica desde 2010, permitindo o acompanhamento do setor em uma trajetória de longo prazo. As atividades foram reunidas em 13 grupos, levando em conta as suas similaridades e a representação no total do que é arrecadado do ISS no município. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas considerando a sinergia entre os municípios do entorno, os resultados refletem o cenário da região metropolitana.
 

Fonte: Assessoria de Comunicação da Fecomercio-SP

 

 



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