Poupança registra em 2018 melhor resultado em cinco anos

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Aplicação mais popular entre os brasileiros, a caderneta de poupança encerrou o ano de 2018 no azul. Os depósitos superaram os saques em R$ 38,2 bilhões no ano passado, informou ontem o Banco Central. Foi o melhor resultado para a aplicação desde 2013, quando o saldo da poupança ficou positivo em R$ 71,048 bilhões. Na época, o país ainda não havia passado pelo período de recessão.

 

A captação positiva da poupança no ano passado reflete, em grande parte, o processo de retomada da economia. Neste ambiente, as famílias também tiveram mais espaço no orçamento para guardar dinheiro. Nos 12 meses de 2018, houve captação líquida na poupança em nove deles. Apenas em janeiro, fevereiro e outubro as retiradas da poupança superaram os depósitos.

 

Ao longo do ano passado, os depósitos somaram R$ 2,252 trilhões, e os saques, R$ 2,214 trilhões. Com o ingresso de recursos na poupança, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, somava R$ 797,2 bilhões em dezembro do ano passado.

 

Os dados mostram uma recuperação. Em 2015, quando a crise econômica começou a se agravar, a poupança registrou uma saída de R$ 53,6 bilhões. No ano seguinte, a aplicação perdeu R$ 40,7 bilhões, já descontados todos os depósitos.

 

Mais atraente que fundos

 

O cenário atual é bom para a poupança. Além da melhora do emprego e da renda, quando sobra mais dinheiro para poupar, a taxa básica de juros — a Selic — está no menor patamar histórico. Com os juros em queda, os fundos de investimentos estão com retorno menor, e a caderneta de poupança volta a ser atraente.

 

— A poupança ganha de vários fundos que têm a Selic como referência. Porque essas aplicações ainda têm dedução de Imposto de Renda e taxa de administração, o que não existe na poupança. Em 2019, a tendência é a poupança continuar apresentando depósitos maiores que saques — disse Miguel de Oliveira, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).

 

Hoje a poupança é remunerada pela Taxa Referencial (TR), que está próxima de zero, mais 70% da Selic. A Selic, por sua vez, está em 6,5% ao ano desde março de 2018. Essa regra de remuneração vale sempre que a Selic estiver abaixo dos 8,5% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança é atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Essa remuneração mais elevada deixou de valer em setembro de 2017, quando a Selic passou a ficar abaixo do nível de 8,5%.

 

Fonte: O Globo - Rio de Janeiro

 

 

 


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