Atividade industrial segue instável, revela IBGE

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A oscilação da produção industrial foi mais uma vez constatada em novembro, com avanço de apenas 0,1% sobre outubro e queda de 0,9% na comparação anual, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), os índices acumulados do ano (+1,5%) e nos últimos 12 meses (+1,8%) continuam positivos, mas “o setor seguiu mostrando perda de ritmo frente aos meses anteriores”, destacou o IBGE.

 

Conforme o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), na segunda metade de 2018 a indústria “deu alguns passos para trás em sua recuperação e quase nenhum para frente.” O Iedi destacou ainda que a característica do período mais recente é a estagnação.

 

No levantamento de novembro, apenas uma das quatro grandes categorias econômicas e dez dos 26 ramos pesquisados mostraram crescimento na produção sobre outubro. A influência positiva mais relevante foi a de produtos alimentícios, que avançou 5,9% no período, interrompendo quatro meses consecutivos de queda. Destaque também para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+7,1%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+0,5%).

 

Já entre os 16 ramos que tiveram queda, o desempenho mais relevante foi o de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 4,2% na passagem de outubro para novembro. No entanto, ao longo do ano os resultados do setor têm puxado para cima o desempenho total da indústria.

 

Conforme o IBGE, outros impactos negativos ocorreram, na mesma base de comparação, nos setores de máquinas e equipamentos (-3,2%), produtos diversos (-13,3%), indústrias extrativas (-0,6%), produtos de minerais não-metálicos (-1,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,8%) e impressão e reprodução de gravações (-7,9%).

 

Segundo a PIM, entre as grandes categorias econômicas, a de bens intermediários (0,7%) teve a única taxa positiva no mês, interrompendo três quedas consecutivas. Por outro lado, os setores de bens de consumo duráveis (-3,4%) e de bens de capital (-2,7%) tiveram recuo na passagem de outubro para novembro. Bens de consumo semi e não-duráveis apontou variação nula.

 

Frustração

 

Na comparação com novembro de 2017, a produção industrial recuou 0,9%, com resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas e 14 dos 26 ramos pesquisados. “A deterioração é generalizada entre os macrossetores industriais, porém, é mais aguda em bens de consumo semi e não duráveis”, destaca relatório do Iedi. “O nível de produção em novembro encontrava-se 2,7% abaixo daquele de junho de 2018, indicando que, sem sombra de dúvida, o segundo semestre do ano foi frustrante”, acrescenta.

 

Fonte: DCI

 


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