Mercado revisa projeções de inflação para cima no horizonte de curto prazo

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Depois de altas recentes nos preços de alimentos e dos transportes, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central (BC) na Pesquisa Focus revisaram as projeções do IPCA, IGP-M e de administrados para este ano.

 

A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 4,06%, ante 3,89% projetado há um mês. No caso do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a projeção avançou de 4,67% para 5,32% no mesmo período de comparação. No mesmo ritmo, a expectativa de aumento dos preços administrados (combustíveis, energia e outras tarifas) aumentou de 4,94% para 5,10% no período de apenas um mês.

 

Nesse cenário, a Pesquisa Focus divulgada ontem, manteve, pela mediana dos apontamentos, que a taxa básica de juros (Selic) ficará em 6,5% ao ano até dezembro, sem alterações. Por outro lado, a mediana para 2020 foi reduzida para 7,50% ao ano, ante 7,75% ao ano projetada há um mês. Vale citar, que casas importantes de análise de mercado, como o Itaú apontam que a Selic pode ser reduzida para 5,75% até o final deste ano, e atingir o patamar de 5,5% ao ano ao final do exercício de 2020.

 

IGP-10 em elevação

 

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,00% em abril, após alta de 1,40% em março. Com este resultado, o índice acumula alta de 2,55% no ano e de 8,46% em 12 meses. Em abril de 2018, o índice havia registrado elevação de 0,56% no mês e de 1,31% em 12 meses, conforme comunicado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

 

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou de 1,93% em março para 1,19% em abril. Na análise por estágios de processamento, os preços dos bens finais subiram 1,48% em abril, após alta de 1,97% em março. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 19,90% para 4,73%.

 

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,73% em abril. Em março, o índice havia sido de 0,48%, com destaque para o grupo transportes, cuja taxa passou de 0,44% para 1,33%. Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, que registrou taxa de 3,15% em abril, após queda de 0,36% em março. Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos vestuário (0,13% para 0,76%), habitação (0,35% para 0,49%), educação, leitura e recreação (-0,11% para 0,17%), despesas diversas (-0,05% para 0,26%), comunicação (-0,02% para 0,11%) e saúde e cuidados pessoais (0,47% para 0,48%).

 

Entre os destaques: roupas (0,22% para 0,91%), tarifa de eletricidade residencial (0,79% para 1,75%), passagem aérea (-5,20% para -2,87%), bilhete lotérico (0% para 10,75%), pacotes de telefonia fixa e internet (0% para 0,93%) e medicamentos (0,13% para 0,58%).

 

Fonte: DCI


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