Inflação pelo IGP-DI cai de 0,9% para 0,4%; Preço da cesta básica diminui em 13 capitais

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O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve alta de 0,40% em maio depois de subir 0,90% no mês anterior, com deflação nos alimentos tanto no atacado quanto no varejo, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

 

A taxa é menor que a apurada em abril (0,9%). O IGP-DI acumula 3,75% no ano e 6,93% em 12 meses..Pesquisa da Reuters junto a economistas mostrava que a expectativa era de um ganho de 0,30%, na mediana das projeções.

 

A inflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o varejo, caiu de 1,09% em abril para 0,52% em maio. Ou seja, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60 por cento do indicador todo, desacelerou a alta a 0,52%, de 1,09 por cento em abril.

 

Os preços dos produtos agropecuários aceleraram a queda no mês a 2,28%, de recuo de 0,41% em abril. Já os produtos industriais tiveram alta de 1,46%, sobre 1,60% no mês anterior.

 

A pressão do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) , que responde por 30 por cento do IGP-DI, também diminuiu com avanço de 0,22% em maio, sobre alta a 0,63 por cento no mês anterior.

 

A queda da taxa de abril para maio foi provocada pelos três subíndices que compõem o IGP-DI.

 

A principal contribuição para o movimento partiu do grupo Alimentação, cujos preços caíram em maio 0,37%, após alta de 0,63% em abril, com destaque para hortaliças e legumes.

 

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), por sua vez, ganhou 0,03% no período, de 0,38% em abril.

 

O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.

 

Preço da cesta básica diminui em 13 capitais, diz Dieese

 

Em maio de 2019, o custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 13 capitais, conforme mostra resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente peloDepartamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse) em 17 cidades.

 

As quedas mais importantes foram observadas em Campo Grande (13,92%), Belo Horizonte (7,02%), Goiânia (-4,48%) e Rio de Janeiro (-4,39%). Os aumentos ocorreram em Florianópolis (1,17%), Aracaju (0,86%), Recife (0,20%) e Brasília (0,06%).

 

A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 507,07), seguida por Porto Alegre (R$ 496,13) e Rio de Janeiro (R$ 492,93). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 392,97) e João Pessoa (R$ 403,57).

 

Em 12 meses, entre maio de 2018 e o mesmo mês de 2019, todas as cidades pesquisadas acumularam alta, entre 6,49%, em Campo Grande, e 24,23% em Recife.

 

Nos primeiros cinco meses de 2019, todas as capitais tiveram alta acumulada, com destaque para Recife (22,69%), Vitória (20,07%) e Natal (18,94%). A menor alta foi registrada em Campo Grande (0,26%).

 

Com base na cesta mais cara que, em maio, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Diesse estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

 

Em maio de 2019, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.259,90, ou 4,27 vezes o mínimo de R$ 998,00. Em abril de 2019, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 4.385,75, ou 4,39 vezes o mínimo vigente. Já em maio de 2018, o valor necessário foi R$ 3.747,10, ou 3,93 vezes o salário mínimo, que era de R$ 954,00.

 

Fonte: Agencia Brasil

 


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