Confiança da indústria sobe em julho com otimismo por Previdência, diz CNI

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A confiança do empresário da indústria na economia brasileira subiu 0,5 ponto em julho em comparação a junho, atingindo os 57,4 pontos, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 18, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foi o segundo aumento consecutivo do indicador, que está 2,9 pontos acima da média histórica de 54,5 pontos. O desempenho foi influenciado pelas perspectivas de aprovação da reforma da Previdência, na visão dos executivos.

 

O texto foi aprovado em primeiro turno em uma votação da Câmara dos Deputados, com 379 votos favoráveis e 131 contra. Para começar a valer, a proposta precisa ser avaliada em segundo turno pelos deputados. Depois, o texto segue para o Congresso, onde também passa por dois turnos de deliberação. É só após a aprovação em ambas as casas que as novas regras da aposentadoria entram e vigor.

 

Os indicadores da pesquisa variam de zero a 100 pontos. Quando estão acima dos 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes. Foram consultadas 2.391 empresas, entre os dias 1º e 11 deste mês. A pesquisa, portanto, já reflete a aprovação do texto-base da reforma no plenário da Câmara dos Deputados, em primeiro turno, que ocorreu no dia 10.

 

Segundo o gerente-executivo de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a tramitação da reforma foi fundamental para o crescimento do otimismo dos empresários. “As expectativas em relação à economia brasileira aumentaram meio ponto em relação a junho”, afirma ele. “Essa melhora pode estar ligada às perspectivas de aprovação da reforma da Previdência. O levantamento cobriu os primeiros dez dias de julho, quando a reforma estava sendo encaminhada para votação com perspectivas bastante positivas de aprovação”, completa ele.

 

A confiança do empresário mede as perspectivas para o futuro. Se ela estiver baixa, os investimentos tendem a não crescer. Apesar do otimismo geral com o futuro, em julho, os executivos do setor não estão confiantes com o atual momento da economia brasileira. Pelo contrário, a percepção sobre a situação atual dos negócios e de conjuntura piorou. O indicador de condições atuais caiu de 47,6 pontos em junho para 47 pontos em julho e continua abaixo da linha divisória dos 50 pontos.

 

No recorte por tamanho das empresas, a confiança caiu para os executivos de pequenas companhias industriais, de 55,8 para 55,4 pontos. Para as médias, houve crescimento de 0,8 pontos até a cada dos 57,5 pontos; e no caso dos grandes o índice subiu de 57,6 pontos para 58,2 pontos.

 

Por regiões, a confiança, agora, é maior entre os empresários do Centro-Oeste (59,6 pontos) onde houve crescimento de 0,7 pontos. No Nordeste, o índice cresceu 1,4 ponto em relação a junho e ficou em 58,2 pontos. No Norte, região que liderava o ranking até então, a confiança caiu de 59,3 para 57,7 pontos. Sul e Sudeste tiveram leve aumento, de 56,7 para 56,1; e de 55,4 para 56 pontos, respectivamente.

 

Fonte: Veja


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