Estoque de crédito no Brasil avança 0,4% em junho, puxado por apetite de famílias

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O estoque total de crédito do sistema financeiro no Brasil subiu 0,4% em junho sobre maio, a 3,296 trilhões de reais, informou o Banco Central nesta sexta-feira, num movimento puxado pelo apetite das famílias.

 

Enquanto o saldo geral de financiamentos das pessoas físicas subiu 0,6% no período, o das empresas teve alta de apenas 0,1% na mesma base de comparação.

 

No acumulado do primeiro semestre, o estoque geral de crédito avançou 1,2%, apontou o BC. Novamente o avanço de 4,5% do crédito às famílias foi responsável pelo desempenho, já que o crédito às pessoas jurídicas teve baixa de 2,9% de janeiro a junho.

 

“O crédito a pessoas jurídicas tem dois componentes, o crédito livre e direcionado. O livre à pessoa jurídica cresceu no semestre (+1,5%), o direcionado se reduziu (-8,4%)”, destacou o chefe do departamento de Estatísticas do BC, Fernandao Rocha.

 

“Neste caso, o principal impacto é a redução dos saldos do BNDES, que estão sendo substituídos por emissões no mercado de capitais, sejam emissões de debêntures, de instrumentos securitizados ou de outros papéis”, acrescentou.

 

No ano até junho, o estoque de títulos de dívida privados subiu 17%, ao passo que o saldo dos instrumentos securitizados avançou 29,2%, segundo dados do BC.

 

Em 12 meses, a expansão geral do estoque do crédito do sistema financeiro, que não inclui as operações no mercado de capitais, alcançou 5,1%. Para o ano, a expectativa do BC é de avanço de 6,5%, patamar que revisou para baixo em junho ante expectativa anterior de 7,2%.

 

Apesar de a taxa básica de juros, a Selic, seguir na mínima histórica de 6,5% há mais de um ano, com perspectivas de novas quedas a partir na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana, o movimento do crédito ainda não ganhou forte ímpeto, em meio à lentidão econômica e alta taxa de desemprego.

 

CUSTO DO CRÉDITO

 

Em junho, os juros médios recuaram ligeiramente a 38,3% ao ano, sobre 38,5% em maio, dado que considera apenas o segmento de recursos livres, no qual as taxas são definidas livremente pelas instituições financeiras.

 

O spread, que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada a seus clientes, teve alta de 0,4 ponto no mesmo período, a 31,5 pontos percentuais.

 

Por sua vez, a inadimplência em recursos livres caiu 0,1 ponto, a 3,8%, mostrou o BC.

 

Fonte: Reuters


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