Recuperação de crédito ao consumidor cresce 3% em outubro

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O indicador de recuperação de crédito cresceu 3% em outubro deste ano na comparação com setembro, já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com outubro de 2018, houve aumento de 2,9%. No ano, porém, o indicador acumula queda de 3,9%. A recuperação de crédito é calculada a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes da base da Boa Vista.

 

Em termos regionais, o acumulado do ano apresenta alta apenas na região Norte, de 1,2%. Em sentido oposto, na região Sul foi registrada a maior redução, de 8,7%; seguida do Centro-Oeste, com queda de 4%); Sudeste e Nordeste, ambas com redução de 3,2%.

 

Na comparação mensal, contudo, apenas a região Sul registrou queda em outubro, de 1,5%. Na comparação interanual (outubro de 2019 contra outubro de 2018), as regiões Centro Oeste (-2,8%), Nordeste (-4,3%) e Norte (-2,1%) apresentaram queda da recuperação, de 2,8%; 4,3% e 2,1%, respectivamente. As regiões Sul e Sudeste apresentaram altas significativas, de 4,2% e 7,3%.

 

O indicador de registros de inadimplência vem apresentando queda em 12 meses, sugerindo que boa parte dos consumidores ainda está conseguindo manter em dia o pagamento de novas dívidas.

 

Por outro lado, o indicador de recuperação também segue em queda nesta base de comparação, de 3,4% em outubro, sinalizando dificuldade dos consumidores com dívidas em atraso de reequilibrarem a sua situação financeira e saírem do cadastro de inadimplentes. Entre os principais fatores por trás desta dificuldade, é possível apontar os elevados níveis de desocupação e subutilização da mão de obra e o fraco crescimento da renda.

 

Na comparação mensal, por sua vez, o indicador de recuperação continua oscilante. Após alta em julho, o indicador recuou em agosto, mas voltou a subir em setembro e outubro. A liberação de fundos do FGTS pode ter colaborado no mês para a recuperação do crédito, já que em grande parte dos casos o dinheiro extra foi utilizados pelos consumidores para o pagamento de dívidas atrasadas.

 

De acordo com pesquisa da Boa Vista, 56% dos que fariam o saque do FGTS utilizariam o dinheiro para pagar as contas, sendo que 42% iriam pagar débitos atrasados e 14% as contas que estavam em dia.

 

Outro fator que pode ter favorecido o aumento da recuperação foi a redução das taxas de juros, que abre oportunidades aos consumidores de renegociação das dívidas atrasadas.

 

Fonte: Mercado e Consumo

 


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