As vendas do setor supermercadista acumulam queda de -0,07% de janeiro a fevereiro, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Índice Nacional de Vendas ABRAS, apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade nacional, divulgado hoje (28), em coletiva de imprensa, na sede da ABRAS, em São Paulo.
Em fevereiro, as vendas em valores reais, deflacionadas pelo IPCA/IBGE, apresentaram queda de -1,93% na comparação com o mês anterior, e queda de -0,24% em relação ao mesmo mês do ano de 2016.
Em valores nominais, as vendas do setor registram queda de -1,61% em relação ao mês anterior e, quando comparadas a fevereiro de 2016, alta de 4,56%. No acumulado do ano, as vendas cresceram 5,02%.
Para o presidente da ABRAS, João Sanzovo Neto, o resultado reflete o atual momento econômico do País. “O Brasil ainda sente os reflexos da crise; a taxa de desemprego vem crescendo desde o ano passado, e em janeiro chegou a 12,6%, o que impacta no poder de compra do brasileiro, que está mais cauteloso e indo menos ao ponto de venda. Mesmo assim, acreditamos em um número mais estável até o final do primeiro semestre”, declara o presidente.
Abrasmercado
No mês de fevereiro, a cesta de produtos *Abrasmercado, pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS, registrou queda de -1,49%, passando de R$ 479,64 para R$ 472,51. Já no acumulado do ano, de janeiro a fevereiro, a cesta apresentou alta de 3,57%.
As maiores altas de preço no mês de fevereiro foram registradas em produtos como: xampu, farinha de mandioca, sal e açúcar. Já as maiores quedas foram nos itens: feijão, cebola, batata e frango congelado. Confira a tabela abaixo:
Regiões
Em fevereiro, todas as regiões brasileiras apresentaram queda nos preços das cestas. A Região Nordeste foi a que apresentou maior queda, -3,00%, chegando a R$ 416,91. O resultado foi impulsionado por Maceió (-6,65%), Recife (-4,22%) e Salvador (-2,97%). Veja a evolução da cesta Abrasmercado:
*Abrasmercado (cesta composta por 35 produtos mais consumidos nos supermercados: alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica).
Índice de Confiança
Os empresários do autosserviço estão mais otimistas em relação ao cenário macroeconômico, de acordo com o Índice de Confiança do Supermercadista, elaborado pela ABRAS em parceria com a GfK. O resultado apresentado na última pesquisa, realizada em fevereiro, aponta 56,1 pontos (numa escala de 0 a 100), uma perspectiva positiva se comparada à última pesquisa realizada em dezembro, que registou 50,5 pontos.
Quando perguntados sobre as expectativas para os próximos seis meses, considerando a situação econômica e de negócios do País e no mundo, o otimismo se manteve para 66% dos entrevistados, que acreditam que suas empresas estarão melhores na comparação com o momento atual.
Fonte: Redação Portal ABRAS