Varejo discute mudança no horário das lojas no caso de racionamento de energia

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As empresas do setor varejista discutem uma possível mudança nos horários de funcionamento das lojas no caso de haver um racionamento de energia elétrica neste ano, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar), Cláudio Felisoni de Angelo.

"O que certamente será feito, se houver falta de energia, é uma alteração nos horários de funcionamento, é o que se ouve", disse Felisoni após apresentar os resultados de pesquisa sobre as perdas do varejo. " claro que o impacto sobre as vendas seria absurdo".

O economista prevê um ano de muita dificuldade para o setor, com desaceleração no faturamento das varejistas e até uma possível recessão. De acordo com ele, é muito pouco provável que o varejo apresente sinais de aceleração em qualquer momento de 2015. Para 2016, a previsão é um pouco mais otimista, mas o ambiente econômico deve continuar a apresentar obstáculos para as empresas.

Para Felisoni, "seria de uma total irresponsabilidade dizer que o cenário é otimista, porque não é. Nós não vamos repetir nem de perto os resultados apresentados nos últimos anos". Ele destacou a queda nas vendas de bens duráveis, devido principalmente ao aumento da inflação, ao encarecimento do crédito e às perspectivas de redução do nível de emprego.

O executivo projeta uma pressão inflacionária para 2015 superior à notada em 2014, sobretudo nos primeiros meses do ano, o que deve impulsionar os índices de preço para próximo dos 7%. O movimento, disse, será puxado pelo aumento dos preços monitorados, como água, energia e combustíveis.

Perdas -
O Ibevar divulgou que as perdas no comércio associadas a roubos, furtos e problemas operacionais cresceram para 2,31% do faturamento líqüido das varejistas em 2013. No ano anterior, a pesquisa havia calculado um índice de 1,83%. As micro, pequenas e médias empresas registraram os maiores níveis de perdas, com 6,8% do faturamento sendo desperdiçado, ante 2,53% dos grandes supermercados.

O estudo foi realizado pelo Programa de Administração do Varejo (Provar), em parceria com a Academia de Varejo. (AE)




Veículo: Agência Estado


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