Web cria mercado nacional para o varejo

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A internet derruba divisas e amplia o alcance das lojas. Na web, além de vendas, marketing e relacionamento com o consumidor


As redes sociais aumentaram o tamanho das lojas. Não no espaço físico, mas no poder de alcance. O consumidor local ainda é o principal, mas em boa medida já há novos alvos para além das divisas do estado. Um exemplo desta nova era é uma loja tamanho P. Tem compactos 60 m² de área de venda e igual tamanho de estoque, mas virou um case, com clientes em todo o Brasil. A Homem do Sapato tinha até ontem 78 mil seguidores no Instagram, a rede social onde imagem é o que conta.
 
O homem da Homem tem 32 anos de idade e experiência como gerente em uma rede nacional do setor. Jhonatan Rêgo, diretor e criador da marca tem clientela em diversas cidades, como Recife (PE), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ). Isto tudo em apenas dois anos de mercado. A fama avança a passos largos e ele já formata a primeira franquia. Sem revelar a data, ele anuncia para breve a estreia em Goiânia (GO) e Teresina (PI).

De 2014 para cá, ele segue com a única loja física, na rua Torres Câmara, na Aldeota. Mas o homem adverte: o online só funciona se o real estiver bem. Tendo começado a carreira ainda como vendedor, Jhonatan diz saber bem o valor do corpo a corpo real. Nas vendas, ele iniciou ligando para os clientes e avisando que tinha novidades. Depois, passou a visitá-los em casa e expor os sapatos pessoalmente. A propósito, foi assim que Jhonatan ficou conhecido como o homem do sapato.

Enfim, a tática no mundo real ele mantém com o comércio eletrônico. Para isso, comprou um Smart - apostando no chame do modelo. É no carrinho subcompacto da Mercedes-Benz que ele faz visitas ativas aos clientes que não têm tempo de ir à loja. E, como uma ferramenta auxiliar, utiliza a influência dos artistas. “Eu sou muito desse meu marketing”, ufana-se. Jhonatan tem uma galeria de clientes, celebridades ou candidatas, em meio a 4.500 postagens.

Próximo ao cliente
Seja nas mídias convencionais, redes sociais ou eventos, o importante é a comunicação com o cliente. Liduína Azevedo, gestora de Marketing dos Mercadinhos São Luiz, diz que o foco da empresa é nos segmentos de hábitos saudáveis e gastronomia. “Percebemos que por meio desses assuntos nos aproximamos mais do nosso cliente. Entendemos que o nosso público busca informação, quer saber mais sobre os produtos que consomem”.
Na revista, distribuída em todas as lojas, há dicas dos Mercadinhos São Luiz sobre os produtos, receitas e de harmonização dos alimentos com bebidas. Nos eventos, a empresa busca trazer experiências aos consumidores. Exemplo é o Costume Saudável, com workshops sobre hábitos saudáveis, degustações e a presença de nutricionistas.

“Acreditamos que com isso temos um resultado não só em vendas, mas também conseguimos fidelizar o cliente, pois eles passam a nos ver como muito mais que um supermercado, mas como uma fonte de informações e experiências”, diz. O mix de atividades no físico e no online é importante para crescer. Afinal, para Honório Pinheiro, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o online é uma ferramenta que ajuda a venda, mas não a determina. “Com o uso das redes sociais, o comércio pequeno se comunica mais. Porque é uma ferramenta mais fácil e disponível de graça”, afirma.

Fonte: O Povo


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