Comércio esquenta vendas com Carnaval

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A folia de Momo começa oficialmente nesta sexta-feira (9), porém os comerciantes já comemoram o aumento na venda de itens voltados para o Carnaval. O ramo de fantasias estima que o cenário em relação ao ano passado é melhor, com uma alta que vai de 15% a 70% no comércio de roupas para a principal festa popular do País.

 

Na Mi Amor, em Santo André, as vendas no segmento carnavalesco tiveram aumento este ano. Desta vez, o crescimento foi de 15% em relação a 2017, e as principais saídas são as espumas (R$ 3), tinas para cabelo (R$ 4,89) e fantasias (a partir de R$ 40). “Diminuímos as compras de material escolar e já entramos de cabeça no Carnaval”, comenta o gerente comercial Wellington Marques de Oliveira. Para atrair os clientes, a loja trabalha com promoções em diversos produtos, além de parcelamento a partir de R$ 20 em compras.

 

Também localizada em Santo André, a Best Fantasy já registra um aumento de 50% nas vendas e alugueis de fantasias em comparação com o Carnaval do ano passado. Samantha Gomes de Sá, proprietária do estabelecimento há pouco mais de quatro anos, diz que a data virou uma grande aposta para a loja.

 

“Ano passado foi bem fraco e para este apostamos nas fantasias de maior procura”, conta Samantha que vende acessórios a partir de R$ 5 e fantasias de R$ 45. Para atrair os clientes, a loja oferece desconto de 5% para pagamento à vista e ainda parcelamento no cartão de crédito. Segundo a proprietária, a lista de opções para o Carnaval foi feita no final de 2017, quando se preparava para ver o que poderia chamar a atenção do público. “Tiara de unicórnio, fantasias de Moana e saias são alguns dos produtos que absorvemos e que deu certo por aqui”, comenta.

 

No caso da Universo Fantasias, em São Bernardo, o crescimento em relação ao ano passado foi de 70% em relação à venda e aluguel de fantasias e acessórios. Para a proprietária Alessandra Domingues, a alta tem relação direta com a quantidade de blocos de Carnaval que saíram às ruas neste ano. “Desta vez pegaram firme nos desfiles, e apostamos na onda, com venda de colares, plumas, tiaras, fantasias e preços que cabem no bolso do folião”, afirma.

 

Alessandra Domingues começou os preparativos só no começo de janeiro e entre as novidades deste ano estão os spray’s brilhantes com efeito instantâneo (R$ 20) e glitters coloridos que, segundo a lojista, não podem faltar. “Observamos o que estava pegando, o que ia fazer sucesso no Carnaval e absorvemos para a loja”, finalizou.

 

O grande crescimento nas vendas vem em um caminho contrário ao que, a princípio, indica a Associação Comercial de São Paulo, que mesmo com o aumento dos blocos de rua, não vê com otimismo os números. No ano passado a queda foi de 5% em janeiro em comparação com o mesmo mês do ano passado.

 

Revisão veicular é fundamental para pegar

 

Passado o período férias, o mês de fevereiro já reserva a primeira data prolongada que serve para descanso ou entrar na folia, o Carnaval, na próxima terça-feira (13). Apesar de não ser considerado feriado nacional, este ano serão nove no decorrer do ano, a maioria dos setores da economia acaba emendando os quatro dias. Com isso, muitos certamente vão pegar as estradas em busca de lazer e diversão.

 

Para viajar e rodar com tranquilidade e evitar sofrer com imprevistos, é fundamental ter cuidado e avaliar as condições do veículo. Especialistas explicam que, em média, a revisão preventiva deve ser feita a cada seis meses ou a cada 10 mil quilômetros para evitar constrangimentos em rodagens mais longas. Para se ter uma ideia, no Carnaval do ano passado, foram registradas 18 mortes nas rodovias paulistas, na maioria dos casos por imprudência dos condutores, de acordo com a Polícia Rodoviária.

 

O engenheiro mecânico Atila Simão, que mantém oficina no Jardim Leblon, em São Bernardo, explica que o ideal é realizar a verificação no período indicado, porém, para quem pretende pegar a estrada no Carnaval é importante tomar alguns cuidados.

 

“Alguns itens devem ser observados para evitar surpresas desagradáveis, entre eles nível de óleo (motor, câmbio e direção), freio (pastilhas, discos e fluído), injeção eletrônica, suspensão e iluminação (lanternas, faróis e luz de freio)”, alerta Simão, ao afirmar que uma revisão básica para esse tipo de situação inicia em R$ 350, com média de R$ 600, mas o preço final dependerá da avaliação.

 

O especialista destaca ainda que a parte de alinhamento e balanceamento também requer atenção, bem como a calibragem correta dos pneus (verificar no manual do proprietário) na hora de pegar a estrada, já que quando feita de forma incorreta, acaba consumindo mais combustível e pode, inclusive, provocar acidentes. Vale lembrar que os itens de segurança como macaco, triângulo e chave de roda também devem ser observados.

 

A rede Valetão Pneus, em São Bernardo, estimula a clientela a realizar revisão no período de férias e também em feriados prolongados. No local são realizados serviços de revisão de freios, suspensão, troca de óleo, alinhamento e balanceamento.

 

“Estamos com mão de obra grátis para troca de óleo, e além disso, realizamos uma revisão cortesia”, explica a gerente de vendas dos espaço, Tatiane Rodrigues, ao destacar que no local os preços costumam ficar na média de R$ 300, dependendo das peças a serem trocadas.

 

Santo André

 

Com mais de 30 anos de experiência na área, o proprietário da mecânica Mar Aberto, na região central de Santo André, Wladimir Barbosa, alerta que o motorista deve ficar atento antes de pegar a estrada. O profissional explica que a revisão preventiva acaba sendo mais em conta que a corretiva. No local, para uma revisão mais básica, o cliente gasta, em média, R$ 400.

De acordo com o mecânico outro item que merece atenção é o sistema de arrefecimento do veículo, que deve ser checado para evitar dor de cabeça. “Muitos carros fervem porque as pessoas não se atentam a esse detalhe, tem que observar o nível e a cor da água do radiador. Muitas completam com água de torneira, isso é um erro, por conta do cloro. O correto é utilizar água destilada com aditivo”, alerta Barbosa.

 

 

 Fonte: Repórter Diário

 

 


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