Empresa quer o uso correto de defensivos

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Voltado ao manejo adequado das lavouras e uso de agrotóxico, processo começa em 2017 com a meta de atingir até 3 mil produtores em 13 estados brasileiros

 

São Paulo - Preocupados com o manejo adequado das lavouras, o excesso no uso de defensivos e o combate a plantas daninhas, a Dow AgroSciences, produtora norte-americana de insumos, anunciou o "Expedição para a Agricultura para a Vida", voltado ao treinamento de agricultores. Com um caminhão todo equipado para auxiliar na mobilidade, a ideia é atingir de 2.500 a 3.000 produtores de todo o País em 13 estados diferentes, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em 40 municípios.

 

"Queremos trabalhar com conceitos para evitar que o problema aconteça. Não adianta simplesmente utilizar produtos. Têm muitas outras técnicas que se pode empregar no manejo que vai muito além do defensivo", afirmou a coordenadora de Boas Práticas Agrícolas da Dow AgroSciences, Ana Cristina Pinheiro. Com interação multimídia, que incluí jogos e até um simulador de pulverização, os treinamentos aos produtores duram cerca de quatro horas, com a capacidade máxima de dez pessoas por evento.

 

Uma das grandes preocupações é o combate às chamadas plantas daninhas. Especialista no assunto, o professor da Universidade de Passo Fundo, Mauro Rizzardi, será responsável por esta parte do conteúdo. De acordo com o Rizzardi, os prejuízos dos produtores com a Buva, um dos maiores percalços atuais da espécie, reduz a produtividade nas lavouras entre 4% e 12%. "Muitas vezes é o lucro dele que está sendo perdido. Então, ele tem que conhecer a planta e montar uma estratégia para não ter esse problema", conta.

 

Segundo o pesquisador, atualmente são cerca de 300 mil espécies de plantas daninhas, sendo que 30 mil causam algum tipo de prejuízo e 13 mil geram danos mais graves. Com a impossibilidade da extinção por completo das plantas daninhas, já que estas ficam intactas no solo, o combate, afirma o especialista, é de suma importância. "Uma das maneiras de trabalhar é a variabilidade de culturas na lavoura. Eu posso ter uma rotação de culturas, com milho em uma parte e soja na outra", explica Rizzardi.

 

A partir do treinamento e os jogos interativos, os agricultores conseguem identificar as diferentes características físicas das plantas daninhas e ainda aprender quais os herbicidas e as quantidades corretas para resolver o problema. Outra preocupação da produtora de insumos é com baixos níveis das áreas de refúgio no Brasil. Responsável por esta parte do treinamento, o pesquisador da Dow AgroSciences, Antônio Cesar Santos, ressalta que menos de 20% dos agricultores no país adotam áreas de refúgio e apenas 6% o fazem da maneira adequada.

 

"Ou seja: mantendo os 800 metros de distância da área BT [transgênicos] para a não BT, e também plantando 10% [da área] no caso do milho, 20% para a soja e 30% para o algodão", avaliou Santos. "Então, hoje a situação é relativamente crítica sobre as áreas de refúgio no Brasil. Esse é um dos motivos de estarmos levando esse trabalho para o agricultor", concluiu santos.

 

Outra importante etapa do treinamento é a pulverização. Para isso, o caminhão da Dow AgroSciences conta com espectrofotômetro de gotas e um simulador de deriva. No caso do espectrofotômetro, é possível entender as vantagens e desvantagens de utilizar gotas finas ou grossas na pulverização. Já o simulador de deriva mostra a vazão na aplicação de herbicidas e outros insumos.

 


Fonte: DCI

 

 


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