O saldo de empregos no setor de supermercados do Estado de São Paulo ficou negativo em junho, com o fechamento de quase 2.000 postos de trabalho, segundo a Apas (associação da área). Foram contratados no mês 21.750 funcionários pelas empresas, que demitiram 23.709 trabalhadores – resultado de 1.959 baixas no período.
Foi a primeira vez que a diferença entre admissões e desligamentos ficou no vermelho no mês de junho desde 2010, quando a entidade iniciou o cálculo do indicador com a atual metodologia."É uma queda muito expressiva, reflexo da redução do consumo que chegou também ao setor supermercadista, um dos últimos segmentos a entrar na crise", afirma Rodrigo Mariano, economista da associação.
No acumulado do ano, os varejistas ainda têm um saldo positivo de cerca de 1.100 vagas abertas, pois a área vinha conseguindo manter o nível de contratações nos meses anteriores a junho. A expectativa é que os dados de julho e agosto voltem a apresentar desempenho ruim, mas não em um ritmo tão forte, segundo Mariano."O ajuste [do quadro de funcionários] tende a ser mais expressivo no momento de chegada da crise."
De janeiro a julho, os supermercados paulistas tiveram um aumento nominal de 6% nas vendas, abaixo da inflação de 6,83% medida pelo IPCA nos sete meses.A Apas projeta que 2015 terminará com estagnação. Em 2014, o avanço real foi de 2%.
Veículo: Jornal Folha de S.Paulo