Ibevar: intenção de compra em SP no 1º tri atinge pior resultado desde 2002

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Apenas 39% dos paulistanos expressam interesse em comprar bens duráveis

 



SÃO PAULO - A intenção de compra dos consumidores da cidade de São Paulo para o primeiro trimestre deste ano atingiu um recorde negativo, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar) e o Programa de Administração do Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar/Fia). Apenas 39% dos paulistanos expressam interesse em comprar bens duráveis este trimestre, uma piora de 2,2 pontos porcentuais ante igual período de 2016 e o pior dado para o período desde 2002.


A pesquisa detecta, porém, que os consumidores dispostos a comprar devem gastar um pouco mais. Em média, aqueles que esperam fazer alguma compra de bens duráveis afirmam que podem gastar R$ 2,459 mil, um valor que, ajustado para o efeito da inflação, é mais alto que os R$ 1,953 mil da pesquisa do primeiro trimestre de 2016.


A queda na intenção de compra não foi verificada entre consumidores da internet. No e-commerce, segundo a pesquisa, 83,6% dos clientes afirmam que poderiam fazer uma nova compra neste primeiro trimestre, 0,4 ponto porcentual a mais do que no mesmo período de 2016. O patamar, porém, é mais baixo do que a média histórica. Em 2014 e 2015, esse índice estava mais próximo de 90%.


O item cuja intenção de compra mais caiu é o gasto com vestuário e calçados. Uma fatia de 17,8% dos entrevistados diz que espera gastar com esse item no primeiro trimestre deste ano, um recuo de 2 pontos na comparação com o mesmo período do ano passado. Já em telefonia e celulares, 4,2% dos consumidores esperam comprar, retração de 1,8 ponto porcentual na mesma base de comparação.


Uma explicação para a queda no desejo dos consumidores de comprar é a menor disponibilidade de renda. A pesquisa identificou que a parcela do orçamento das famílias disponível para itens de consumo tem caído. Descontadas despesas como alimentação, habitação, transporte, educação e saúde, resta 7,9% do total do orçamento familiar. Esse montante era de 10,6% no primeiro trimestre de 2016.

 


Estadão Conteúdo


Fonte: DCI - São Paulo

 

 

 


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