Transações com cartão somam R$ 1,1 trilhão no Brasil

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Resultado de 2016 representa um crescimento de 6,3%, aponta Abecs

 

São Paulo - O volume de transações com cartões de crédito e débito cresceu 6,3% em 2016 na comparação com o ano anterior, para R$ 1,14 trilhão, segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). O total de transações realizadas com cartões de crédito subiram 4% para R$ 703 bilhões no mesmo intervalo, enquanto as transações com os cartões de débito alcançaram R$ 441 bilhões, aumento de 10,2% no ano passado em relação ao anterior.Fernando Chacon, presidente da Abecs e diretor do Itaú Unibanco, informou ontem durante apresentação no Congresso de Meios de Pagamento (CMEP), em São Paulo, que a estimativa é que em 2017 o total de transações chegue em R$ 1,22 trilhão. O volume de transações com cartões de crédito deverão aumentar para R$ 740 bilhões este ano, enquanto que de cartões de débito avançar para R$ 480 bilhões, de acordo com Chacon.

 

 

Os dados da Abecs de 2016 mostram ainda que na modalidade de parcelamento sem juros, os emissores de cartões de crédito concederam R$ 353,1 bilhões em 2016, equivalente a 54,4% do volume de crédito concedido à pessoa física (recursos livres) para financiar o consumo de bens e serviços no Brasil. Os gastos com cartões representaram 30% do consumo das famílias em 2016, fazendo com que a participação dos cartões no faturamento da indústria apresentasse aumento para 19,6% se comparado a 2012, quando representavam 14,6%.

 

 

A Abecs informou também que a partir deste mês passa a divulgar sistematicamente as taxas de juros praticadas pelo setor de cartões. Na penúltima semana de fevereiro, a taxa média de juros do rotativo ficou em 406,6% ao ano (14,5% ao mês). A taxa média praticada no parcelamento da fatura ficou em 181,3% ao ano (9% ao mês) no mesmo período. Juros - Levantamento da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), divulgado ontem, aponta que a média do juro cobrado para pessoas físicas recuou 0,02 ponto percentual (p.p.) ao mês, passando de 8,12% em janeiro para 8,10% em fevereiro. A taxa anualizada ficou em 154,63%, de 155,20% no mês anterior. Já a taxa média de juros para pessoa jurídica passou para 4,68% ao mês (73,13% a.a.) em fevereiro, de 4,72% ao mês (73,92% a.a.) em janeiro.

 

 

 

Entre seis linhas de crédito para pessoa física pesquisadas, foi constatado recuo em quatro: cheque especial, CDC (financiamento de veículos), empréstimo pessoal por bancos e empréstimo pessoal por financeiras. Já os juros do comércio e do cartão de crédito rotativo registraram alta. A Anefac apontou que, levando em consideração as flutuações da Selic verificadas desde março de 2013, quando estava na mínima história de 7,25%, até hoje (12,25%), a taxa é 5 pontos percentuais maior, o que provocou uma escalada considerável nos juros praticados no mercado. Para pessoas físicas, o juro médio das operações de crédito foi de 87,97% para 154,63% no intervalo Já nas operações com pessoa jurídica, a taxa média se elevou de 43,58% para 73,13%. (AE)

 

 




Fonte: Diário do Comércio

 


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