Economia do Brasil cresce 1,31% em fevereiro, diz BC, acima do esperado

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SÃO PAULO (Reuters) - A economia brasileira cresceu pelo segundo mês consecutivo em fevereiro, desempenho bem acima do esperado pelo mercado, mostrou o Banco Central nesta segunda-feira, sinalizando um início da retomada no país após dois anos de profunda recessão. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 1,31 por cento em fevereiro sobre janeiro, em dado dessazonalizado.

Pesquisa Reuters com analistas apontava expectativa de avanço de 0,55 por cento no período, com as projeções variando de queda de 0,30 por cento e alta de 1,40 por cento.

 

Em outra frente, o BC melhorou a performance de janeiro para alta de 0,62 por cento frente a dezembro, após ter divulgado contração de 0,26 por cento anteriormente.

"De fato há sinais de melhora da atividade que começa a se disseminar por alguns setores, mas é preciso um pouco de cautela por conta das mudanças de cálculo do IBGE nas pesquisas", avaliou o economista da Tendências Silvio Campos Neto, para quem o PIB deve crescer 0,1 por cento no primeiro trimestre.

Os dados positivos vieram na esteira de mudança na metodologia de cálculo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre os setores de serviços e de varejo, cujo ano base para comparações passou a ser 2014, e não mais 2011, beneficiando positivamente os resultados.

 

O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos. Na comparação com fevereiro de 2016, o índice subiu 0,48 por cento. No acumulado em 12 meses, houve queda de 3,68 por cento, sempre em números dessazonalizados. O maior ímpeto da atividade em fevereiro teve como pano de fundo crescimento de 0,7 por cento no volume do setor de serviços sobre janeiro, com destaque para aqueles prestados às famílias.

 

A produção industrial também ficou no campo positivo, com alta de 0,1 por cento sobre o mês anterior, mas frustrando expectativas de expansão mais vigorosa. Por sua vez, as vendas no varejo surpreenderam negativamente em fevereiro, recuando 0,2 por cento por conta da pressão exercida pela fraqueza em supermercados. Por outro lado, o IBGE revisou o dado de janeiro sobre o mês anterior para alta de 5,5 por cento após divulgar originalmente perda de 0,7 por cento.

No primeiro bimestre, o IBC-Br caiu 0,38 por cento em desempenho dessazonalizado. Para o consolidado de 2017, a expectativa do governo é de alta de 0,5 por cento no PIB. Analistas de mercado enxergam desempenho um pouco pior para a atividade neste ano, de 0,4 por cento, conforme boletim Focus mais recente, divulgado pelo BC nesta manhã.

 

Marcela Ayres

 

Fonte: ISTOÉ

 

 

 

 

 


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