Valmont projeta expansão de até 15%

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Unidade brasileira, localizada em Uberaba, vai lançar painel de controle integrado dos equipamentos

 

 

 

Instalada em Uberaba, na região do Triângulo Mineiro, desde 1990, mas com uma história de 62 anos no Brasil, a norte-americana Valmont se dedica na cidade mineira à produção de pivôs e sistemas de irrigação para agricultura com a marca Valley. Apesar do difícil momento econômico, o gerente de Marketing e Desenvolvimento de Redes da Valmont no Brasil, André Ribeiro, os números de 2016 (sem revelar valores) foram satisfatórios. "Tivemos um primeiro semestre muito ruim, mas depois nos recuperamos e os resultados foram iguais aos de 2015. Para este ano, a previsão é crescer entre 10% e 15%", afirma Ribeiro.

 

 

A unidade brasileira é responsável por 70% do faturamento da Valmont na América Latina. Em segundo lugar vem a Argentina, com 10%, e os 20% restantes são distribuídos entre os demais países do Continente. Do total produzido no Brasil, 96% são consumidos em território nacional e o restante pelo Paraguai. "Isso demonstra o gigantismo e o amadurecimento da agricultura brasileira. Costumo dizer que a irrigação é o último passo dentro da profissionalização da produção no campo. O Brasil hoje está muito próximo de se tornar o maior produtor agrícola do mundo e isso se deve, em grande parte, ao uso da tecnologia", explica o gerente de Marketing e Desenvolvimento de Redes da Valmont no Brasil.

 

 

Entre as novidades da empresa para este ano, está o lançamento de um painel de controle integrado, que permitirá ao agricultor controlar os equipamentos de irrigação a distância, através do celular. O controle de forma remota já pode ser realizado de computadores instalados em uma base, como um escritório, por exemplo. A novidade agora é a mobilidade. A tendência no campo é a integração de equipamentos. Nesse caso, os produtores buscam aumentar a produtividade, diminuindo a necessidade de mão de obra intensiva, os riscos oriundos das intempéries climáticas e o desperdício de água. "A irrigação aumenta a produtividade porque impede a quebra de safra por falta de água, controla o uso racional dessa água que, de mais ou de menos pode interferir na produção, podendo dobrar ou até, em alguns casos, triplicar a produção em uma mesma área, evitando a abertura de novos espaços. Dessa forma contribui também para a preservação dos recursos naturais", destaca o gestor.

 

 

A escolha de Uberaba é um dos ativos estratégicos da empresa. A posição geográfica próxima aos principais polos produtivos irrigados é determinante para o sucesso da operação. A empresa consegue atender com facilidade a região de Cristalina (GO), maior polo irrigado consolidado do Brasil, o interior da Bahia, considerado o de maior crescimento na atualidade, além de toda a região Sul do País, São Paulo e Minas Gerais. Para suportar o trabalho, que vai do projeto no campo, passando pela produção dos pivôs até a instalação do equipamento, a empresa conta com 220 colaboradores, sendo a segunda maior empregadora privada do município. Outra empresa do grupo, a Irriger, presta serviços de gerenciamento da irrigação. Com mais de 60 técnicos, acompanha e personaliza todas as etapas do processo.

 

 

"Temos todo um serviço agregado à venda do produto. Quando um produtor chega a uma das nossas revendas, ele solicita o projeto. Vamos até a propriedade para mapeá-la e verificar a disponibilidade de energia e água para desenhar o projeto que será validado pela fábrica. Quando entregamos o equipamento ainda fazemos o treinamento do cliente. Daí ele mesmo pode operar o sistema ou contratar a Irriger para fazer essa parte de controle e monitoramento das variáveis como quantidades e pressão, entre outras", descreve o executivo.

 

 

Fonte: Diário do Comércio de Minas

 

 


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