Empresários do varejo na capital mineira esperam bons resultados em março

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A maioria dos empresários do comércio varejista de Belo Horizonte espera melhora nos negócios neste mês com relação a fevereiro. Segundo a pesquisa Análise do Comércio Varejista divulgada ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), 68,7% dos comerciantes acreditam que as vendas serão melhores. E o otimismo aumentou, já que, em 2016, no comparativo com igual período, o percentual foi de 34,8%. Segundo a analista de pesquisa da Fecomércio Elisa Castro, há dois principais incentivos para esse otimismo: a liberação do dinheiro das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e os bons resultados de fevereiro, devido a fatores como volta às aulas, promoções e, dependendo do segmento, o Carnaval de rua.

 

 

"O dinheiro do FGTS promete aumentar o consumo, inclusive de bens duráveis, setor que sofreu muito com a crise. Além disso, fevereiro foi um mês bom para várias empresas, devido ao Carnaval, volta às aulas e promoções", disse Elisa Castro. Mas ela ressalta que o quadro de deterioração do consumo ainda está instalado. "É cedo para falarmos em retomada definitiva do consumo", ponderou. Segundo Elisa Castro, o fortalecimento do Carnaval de rua na Capital é positivo para alguns segmentos e negativo para outros. Ainda assim, o impacto geral da festa em BH é bom, já que o belo-horizontino, que saía da cidade no período, agora fica e consome.

 

 

Em fevereiro, os segmentos que mais observaram melhoras no faturamento em relação a janeiro foram os de livros, jornais, revistas e papelaria (46,77%); combustíveis e lubrificantes (33,3%); supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (32,9%); veículos e motocicletas, partes e peças (31,7%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (25,9%). A pesquisa apontou que o faturamento de 26,9% das empresas do comércio varejista aumentou em fevereiro frente a janeiro. Levando-se em conta o empresariado que vendeu mais ou o mesmo tanto, esse índice sobe para 59,1%, ou seja, 17,2 pontos percentuais a mais se comparado com o mesmo período de 2016. Já 41% venderam menos no período no mês passado em comparação com janeiro.

 

 

Liquidações - Segundo Elisa Castro, as liquidações foram bastante usadas pelo empresariado para atrair o consumidor. De acordo com a pesquisa, 56,6% dos comerciantes da capital fizeram promoções em fevereiro. Além disso, 51,7% disseram que fariam neste mês. Entre os empresários entrevistados, 62,6% fecharam fevereiro com o estoque no ponto ideal. 16% fecharam o mês com estoque acima do esperado e 21,4% terminaram o período com o estoque abaixo do ideal. Em fevereiro, 85% dos empresários mantiveram a equipe, 1,6% aumentaram e 13,4% reduziram. Para março, 89,6% planejam manter a equipe, 5,2% aumentá-la, e 5,2% reduzi-la.

 

 

A Análise do Comércio Varejista, pesquisa bimestral elaborada pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio, objetiva mensurar resultados e expectativas nos negócios. O levantamento da Fecomércio identificou que o segmento de móveis e eletrodomésticos é o que tem mais empresas com perspectivas favoráveis (87%) para março no comparativo com fevereiro. Em seguida, aparecem outros artigos de uso pessoal e doméstico (78,6%); tecido, vestuário e calçados (76,9%); equipamentos e materiais para escritório, informática e de comunicação (76,5%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (76%).

 

 

 

 

Fonte: Diário do Comércio de Minas

 

 


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