Preço de suíno tem alta de 16,1% na exportação

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Os preços da carne suína exportada pelo Brasil em janeiro subiram 16,14% em relação ao mesmo mês de 2009, segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). O valor médio da tonelada ficou em US$ 2.316 contra US$ 1.994 em janeiro de 2009.

 

O número é resultado de uma embarque de 39,06 mil toneladas, 3,3% maior na mesma comparação, e de uma receita de US$ 90,46 milhões, 20,02% de alta.

 
 
Apesar dos dados à primeira vista positivos, Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, observou que janeiro de 2009 foi um mês "atípico", já que a crise financeira internacional estava em seu auge. Diante disso, as exportações naquele mês foram bastante prejudicadas. "Considerando o que foi janeiro de 2009, o volume [em janeiro deste ano] deveria ter sido até maior", disse.

 

Cauteloso, o dirigente disse que a recuperação do preço em janeiro "não quer dizer muita coisa" por enquanto e que ainda não é possível fazer previsões para o ano a partir do desempenho de janeiro. Avaliou, porém, que as perspectivas são positivas para 2010.

 

Ainda que o preço médio da exportação em janeiro indique recuperação, este ainda bem distante do pico, em setembro de 2008, quando alcançou US$ 3.187 por tonelada. Camargo Neto admitiu que é difícil retomar tal patamar no curto prazo.

 

E uma das razões é que a carne suína brasileira perdeu competitividade em relação ao produto americano, que ficou mais barato por causa da queda do dólar. "Os americanos estão vendendo mais nas Filipinas, em Hong Kong", comentou. A recente alta da moeda americana alivia um pouco o quadro, segundo ele. Outro ponto positivo é a redução dos custos de produção por conta dos preços mais baixos de milho e soja.

 

A Rússia continuou sendo o maior mercado para carne suína brasileira em janeiro, com a importação de 20,77 mil toneladas, 41,33% mais que em igual mês de 2009. As vendas ao país renderam US$ 52,15 milhões, 75% de alta na mesma comparação. O país foi um dos mais afetados pela crise mundial, o que gerou queda na demanda em 2009.
 

 

Veículo: Valor Econômico


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