Preço do pescado vai cair aos poucos até novembro

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Queda pelo segundo mês consecutivo não compensa alta dos meses anteriores

O preço dos pescados caiu pelo segundo mês consecutivo, mas ainda mantém o alto reajuste sofrido nos primeiros meses do ano, segundo pesquisa feita pela Secretaria Municipal de Economia (Secon) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA). Só no mês de maio o valor da pescada gó reduziu em 27%, enquanto o custo da arraia subiu 87% entre janeiro e maio. Quase 40 itens foram analisados pelos órgãos em mais de 10 mercados municipais e feiras livres de Belém.

Para Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese, o grande aumento identificado reflete a tendência do comércio pesqueiro em subir o preço no período entre o Natal e a Semana Santa. “A queda está sendo percebida pelos consumidores, mas é preciso ter paciência porque ela vai acontecer aos poucos”, afirma. O diretor do departamento de apoio à produção da Secon, Roberto Alcântara, cita outros fatores que contribuem para a alta nos preços. “O comércio é sensível a alguns elementos na época de fim de ano, como o defeso de várias espécies, a procura por causa das datas festivas e até a renda extra com o décimo terceiro salário”, complementa.

Ele observa também que, apesar da redução, o preço ainda não se justifica, já que “temos uma forte produção de pescado na nossa região, que fornece um quantitativo equilibrado em relação à procura”. A variação nos valores deve manter o padrão de declínio até novembro, quando o mercado aquece novamente. No entanto, Alcântara ressalta que o Convênio de Cooperação Técnica firmado com o Dieese vai ajudar o poder público a fiscalizar melhor os reajustes praticados. “Esse trabalho nos permite um olhar diferenciado para aplicar medidas de controle mais efetivas”, garante.

O estudo destacou ainda a piramutaba e a dourada na lista, com baixas de 14,5% e 14,3%, respectivamente, no mês passado. No mesmo período, a pirapema e o curimatã cresceram 41% e 34%. Ao comparar os valores praticados nos cinco primeiros meses deste ano, a diferença é ainda maior, como é o caso da traíra, que teve alta de 62%. Na estatística mais abrangente, a sarda aumentou 45% enquanto a pratiqueira ficou somente 7,9% mais barata.



Veículo: O Liberal - PA


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