Como desdobramento das escalas encurtadas dos frigoríficos de maior porte, que são obrigados a reajustar os preços de balcão do mercado físico do boi gordo para manter a programação adequada, está sendo verificados reajuste de preços em algumas regiões do País. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, esse movimento tende a se intensificar durante a primeira quinzena de novembro, período que conta com maior apelo ao consumo.
"Os preços firmes da carne bovina durante a segunda quinzena do mês oferecem respaldo aos reajustes no mercado interno", avaliou. Por outro lado, os frigoríficos de maior porte se deparam com uma posição mais confortável. A grande incidência de contratos a termo durante os últimos dois meses atendeu quase que plenamente a demanda dessas unidades frigoríficas. Além disso, muitos estabelecimentos possuem confinamentos próprios, o que facilita a composição das escalas de abate.
Já as exportações de carne bovina in natura do Brasil renderam US$ 238,2 milhões nos primeiros 11 dias úteis de outubro, com média diária de US$ 21,7 milhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterir (Mdic). A quantidade total exportada pelo País chegou a 58,2 mil toneladas, com média diária de 5,3 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.092,2.
De acordo com relatório divulgado por Safras & Mercado, entre setembro e outubro, houve alta de 4,1% no valor médio exportado, um avanço de 15,7% na quantidade e baixa de 10% no preço médio. Na relação entre outubro de 2015 e o mesmo mês de 2014, houve recuo de 11,9% no valor total exportado, alta de 7,3% na quantidade total, e desvalorização de 18% no preço médio.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG