Após um 2017 conturbado para o mercado pecuário, 2018 se inicia com relativa estabilidade dos preços da arroba, de acordo com levantamentos do Cepea. O Indicador Esalq/BM&FBovespa do boi gordo recuou 0,58% no primeiro bimestre.
Pelo lado dos custos de produção, no mesmo período, houve pequena alta acumulada de 0,66% no Custo Operacional Efetivo (COE) e de 0,53% no Custo Operacional Total (COT), que engloba pró-labore e depreciações.
Essas variações são referentes a 13 estados que compõem a “média Brasil”, calculada pelo Cepea em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A elevação nos custos nestes primeiros meses de 2018 esteve atrelada, principalmente, às valorizações da suplementação mineral, dos combustíveis e da mão de obra.
Ainda segundo o Cepea, quanto ao mercado de boi nestes últimos dias, de 14 a 21 de março, o Indicador do boi caiu 0,4%, fechando a R$ 144,40 nessa quarta-feira (21). De modo geral, tanto compradores quanto vendedores se posicionam de maneira recuada.
Suínos
A disparada dos preços do milho no mercado interno tem preocupado bastante o suinocultor brasileiro consultado pelo Cepea, visto que este é um dos principais insumos da atividade. Desde o início de fevereiro, a valorização da saca de 60 kg do milho já ultrapassa os 25%, com o cereal negociado acima dos R$ 40,00.
Esse patamar dificulta a aquisição do insumo e, consequentemente, a manutenção dos plantéis de matrizes nas principais regiões produtoras de suínos acompanhadas pelo Cepea. Quanto às cotações do suíno posto no mercado independente, seguem em queda. A dificuldade de escoar esse tipo de proteína faz com que compradores consultados pelo Cepea pressionem os valores e vendedores acabam cedendo, devido à dificuldade em manter os lotes nas granjas em decorrência dos altos patamares dos insumos.
Fonte: DCI