O preço das importações fez com que o saldo caísse 15,4%
O aumento do preço de vários itens importados, especialmente fertilizantes e petróleo, fez com que o superávit da balança comercial diminuísse em junho. No mês passado, o país exportou US$ 8,814 milhões a mais do que o importado, o que significa uma queda de 15,4% em relação ao registrado em junho do ano passado. Apesar da queda, é o segundo melhor resultado do mês desde o início da série histórica, em 1989, só superado até junho de 2021.
No mês passado, o Brasil vendeu US$ 32,675 bilhões no exterior e comprou US$ 23,861 bilhões. Tanto as importações quanto as exportações bateram recorde em junho desde o início da série histórica. As exportações cresceram 15,6% em relação a junho do ano passado, segundo o critério da média diária. As importações aumentaram 33,7% na mesma comparação.
No entanto, as importações e exportações recordes devem-se ao aumento dos preços internacionais das mercadorias. No mês passado, o volume exportado subiu apenas 0,1% em média em relação a junho do ano passado, enquanto os preços aumentaram 14,6%, favorecidos pela valorização das commodities, ou seja, bens primários com cotação internacional.
Quanto às importações, o volume comprado caiu 1,8%, mas os preços médios subiram 34,6%. O crescimento deveu-se principalmente a fertilizantes, petróleo, carvão e trigo, itens que ficaram mais caros após o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Estimar
O aumento do custo das importações levou o governo a revisar para baixo sua previsão de superávit comercial. Para 2022, está previsto um saldo positivo de US$ 81,5 bilhões, ante projeção anterior de US$ 111,6 bilhões. As estimativas são atualizadas a cada três meses.
Fonte: Agência Brasil