Inflação e renda informal impactam a cesta de consumo

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Com inflação acumulada em 17% nos últimos 27 meses e renda informal crescendo 103% (média mensal de R$ 327 em 2020 para R$ 662 em 2021), está cada vez mais desafiador para o brasileiro manter o mesmo patamar de consumo.

 

O valor desembolsado com uma cesta de 120 categorias compostas por alimentos, bebidas, limpeza doméstica e higiene e beleza cresceu 13%, porém o volume levado para casa diminuiu 5%. Isso porque o preço médio dos produtos aumentou 14%, mais do que o crescimento em faturamento do mercado.

 

As informações são do Consumer Insights 2022, relatório produzido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria.

 

Dentro desse contexto, se alimentar fora de casa é ainda mais desafiador e, para compensar a alta de preços e suprir o desejo de comer fora de casa, o consumidor tem negligenciado as refeições completas, que ficaram 21% mais caras principalmente na hora do almoço, com um tíquete médio de R$ 43,94.

 

A visita aos estabelecimentos para os almoços neste primeiro trimestre caiu 25% em comparação com o período pré-pandemia. Para balancear esse aumento, a saída encontrada foi buscar os petiscos (snacks), que ficaram 11% mais caros, porém bem abaixo do aumento das refeições completas e com um tíquete médio quatro vezes menor.

 

Balas e gomas (+11%), sorvetes (+8%), chocolates (+6%) e biscoitos e bolos (+5%) foram as categorias que mais cresceram em ocasiões de consumo.

 

Consumo por região

 

O carrinho de quem mora na região Norte é, segundo o estudo, o maior do País. No primeiro trimestre de 2022, o nortista levou para casa em média 15 categorias de produtos a cada visita ao ponto de venda.

 

O aumento de preços da região foi bem abaixo da média das sete principais regiões avaliadas pela Kantar, da ordem de 4,5%, versus 13,7%, e com isso o nortista conseguiu aumentar o consumo em 18,9%. Isso principalmente em domicílios das classes C e DE, que compraram seus produtos no varejo tradicional e em pequenos varejos, responsáveis por 7% e 11% desse crescimento, respectivamente.

 

O carrinho de compras por visita ao ponto de venda por região fica assim: Nordeste – 14 unidades; Leste e Interior do Rio Janeiro e região Sul – 13 unidades em média; e Grande São Paulo – 12. Por fim estão Grande Rio de Janeiro, Interior de São Paulo e Centro-Oeste, com uma média de 11 categorias levadas a cada visita às lojas.

 

Fonte: Apras


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