A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 0,63% no mês de outubro, após subir 1,36% em setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), ontem. Com o resultado do mês passado, o IGP-DI acumula altas de 4,51% no ano e de 5,46% nos últimos 12 meses.
O resultado ficou dentro do intervalo das projeções do mercado financeiro. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, ficou em 0,71% no mês passado, após registrar 1,9% em setembro.
Por sua vez, o IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, cresceu 0,55% em outubro, em comparação com alta de 0,30% em setembro. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, apresentou alta 0,26% no mês passado, em comparação ao avanço de 0,43% em agosto.
A desaceleração do IGP-DI no mês de outubro foi puxada pela redução nas taxas dos bens intermediários e das matérias-primas brutas, ambas no âmbito do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA).
A principal influência para essa desaceleração veio do subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, fortemente influenciado pelo câmbio, que subiu 0,22% (contra 2,89% no mês anterior).
No estágio das matérias-primas brutas, a alta ficou em 1,69% em outubro, inferior aos 3,55% observados em setembro. Os destaques que influenciaram no recuo da taxa foram a soja em grão (que passou de alta de 7,51% para avanço de 0,97% em outubro), as aves (8,49% para 2,32%) e o milho em grão (1,23% para -2,19%).
Ainda assim, alguns itens continuaram acelerando e impediram redução maior no grupo, caso do minério de ferro (4,79% para 5,78%), bovinos (2,46% para 3,31%) e suínos (9,92% para 12,01%). Completando os grupos do IPA, os bens finais apresentaram leve aceleração, para 0,50% em outubro, ante 0,42% em setembro.
O principal responsável por esta aceleração foi o subgrupo alimentos in natura, que registrou deflação menos intensa, de -2,12%, contra -5,94% no mês anterior. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou para 0,55%, em outubro, ante 0,30% no mês anterior. A principal contribuição para o avanço da taxa partiu do grupo Alimentação, que acelerou para 0,93%, de 0,14% na última apuração.
Também foram computados acréscimos nas taxas de variação de outras classes de despesa: Educação, Leitura e Recreação (0,11% para 0,50%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,43% para 0,57%), Habitação (0,51% para 0,58%), Comunicação (0,20% para 0,47%) e Despesas Diversas (0,09% para 0,25%).
Veículo: DCI