A Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) estima alta de 3,5% nas vendas reais do setor neste ano, informou ontem José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da entidade. A taxa estimada é menor que a expansão verificada no ano passado, quando o crescimento atingiu 4,4%. "Estamos com uma previsão mais pé no chão para 2014", disse ele.
De janeiro a março deste ano o segmento teve alta real nas vendas de 3%, abaixo, portanto, do acumulado de 2013.
Em termos nominais, o segmento de atacado registrou expansão nominal de 10,6% no ano passado, alcançando faturamento de R$ 197,3 bilhões, segundo a Abad. O crescimento acima da inflação reflete, na visão da associação, uma busca do consumidor por canais de venda com preços mais competitivos em um ano em que caiu o nível de confiança do consumidor e os aumentos de preços de alimentos reduziram o poder de compra da população.
O "atacarejo", formato de loja de atacado que vende também produtos ao consumidor, tem preços abaixo da média de mercado.
A rede Makro se manteve como a maior rede do setor atacadista no país em 2013, fato que se repete há cinco anos, segundo a Abad. O ranking não inclui os dados do Atacadão, do Carrefour, que não informa seus números ao mercado. O Makro apurou vendas de R$ 7,4 bilhões no ano passado, alta de 9,8%.
Ao se considerar as estimativas de vendas do Atacadão, a rede do Carrefour fica na liderança - analistas estimam que a companhia tenha faturado cerca de R$ 18 bilhões em 2013.
Pelo ranking informado ontem, seguido do Makro está o grupo Martins (passou da quarta para segunda posição, com R$ 4,4 bilhões em vendas) e em terceiro lugar, a Profarma (mesma colocação de 2012), que apurou vendas de R$ 3,5 bilhões em 2013. As redes de atacado responderam por 52% das vendas do setor de bens como alimentos, bebidas e higiene e beleza no país em 2013.
Veículo: Valor Econômico