Fipe: habitação, alimentação e despesas pessoais explicam IPC menor em dezembro

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Os resultados inferiores ao esperado para os grupos Habitação, Alimentação e Despesas Pessoais foram mencionados pelo coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), André Chagas, para justificar a alta de 0,30% do indicador de dezembro que veio abaixo da expectativa mais recente de 0,44%. "Essa taxa de 0,44% era compatível com um IPC fechado de 5,32%, mas ficou em 5,2%, disse em entrevista ao Broadcast na sede da Fipe, em São Paulo.

O economista disse que esperava taxa de 0,71% para o conjunto de preços de alimentos, mas houve inflação de 0,47%. "É um índice relativamente baixo, dado o contexto atual. Neste grupo, houve algumas altas mais ou menos generalizadas, mas em menores proporções, e até quedas importantes em determinados itens", explicou, citando a desaceleração nos preços dos alimentos industrializados (de 0,55% para 0,45%) e dos semielaborados (de 1,13% para 0,92%), além da deflação dos itens in natura (de alta de 6,43% para queda de 0,39%).

"Teve um comportamento de desaceleração muito forte em Alimentação nas últimas duas semanas, o que contribuiu para explicar o erro na nossa projeção. Pode ser um período, uma sazonalidade, ou até mesmo a fuga dos consumidores para outros produtos", avaliou Chagas.

Para habitação, Chagas estimava elevação de 0,03%, mas o grupo teve recuo de 0,09%. "Pesou o impacto de energia elétrica (-0 93%), por causa da redução da cobrança de PIS/Cofins, e água e esgoto (-1,82%), devido ao desconto para quem fez economia", afirmou.

Apesar de a taxa ainda elevada de despesas pessoais em dezembro (de 0,87%), o dado ficou aquém do previsto pela Fipe, na faixa de 1%. De acordo com Chagas, o desvio deveu-se a quedas no segmento de fumos e bebidas, de 0,05%, por causa de bebidas não alcoólicas, que cederam 0,44%, por causa do recuo de 1,19% do refrigerante. Por outro lado, os gastos com viagens foram 4% maiores que em novembro, enquanto as passagens aéreas tiveram inflação de 7,04%.

Chagas ainda citou o conjunto de preços de vestuário, que ficou em 0,27%, destoando da alta de 0,72% em novembro. Segundo ele, o movimento, normalmente atípico para o período, pode estar associado a promoção feita por alguma loja varejista. "Provavelmente foi alguma liquidação de fim de ano", concluiu.



Veículo: Diário de Pernambuco


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