A alta dos preços administrados, o aumento das tarifas de transporte e uma provável pressão sobre os preços dos alimentos por conta da crise hídrica devem contribuir para que a inflação estoure o teto da meta - de 6,5% - em 2015
A avaliação foi feita pelo economista da Fundação Getulio Vargas/Instituto Brasileiro de Economia (FGV/Ibre) André Braz, em coletiva para comentar os resultados do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que acelerou de 0,62% em dezembro de 2014 para 0,76% em janeiro de 2015.
"Para 2015, podemos esperar uma inflação acima do teto da meta. O quanto ainda é uma incógnita e vai depender de muitas questões, como o patamar de reajuste da energia, por exemplo", afirmou. Segundo o economista, a elevação da tarifa de energia terá efeitos indiretos que vão impactar nos preços.
Braz afirmou ainda que há uma expectativa que o setor de serviços perca fôlego com a alta nos juros, queda na atividade e um aumento do desemprego. No entanto, até o momento, o que se vê é a alta dos custos, algo que pressiona o aumento da inflação, explica. /Estadão Conteúdo
Veículo: DCI