O mobile commerce brasileiro, ou m-commerce - que são as vendas realizadas por dispositivos móveis, como tablets e smartphones no Brasil - também tem o que comemorar. A E-bit calculou quanto o volume transacional do m-commerce, em navegação via browser sem uso de aplicativos (apps) relativo ao volume do e-commerce total. Se em janeiro de 2013 estava em 2,5%, um ano depois já estava 4,8% e em junho de 2014, 7%. O resultado em janeiro de 2015 bateu a marca de 9,7% das compras pela internet no país. A maior parte dessas transações é originada de smartphones (56%), de acordo com o registrado no final do ano, tendo superado o uso dos tablets (que iniciou o ano com 60%) para esta finalidade.
De acordo diretor executivo da E-bit, Pedro Guasti, responsável pelo WebShoppers - relatório sobre o comércio eletrônico brasileiro divulgado pela E-bit - o investimento em plataformas pensadas para os dispositivos móveis é imprescindível. A multicanalidade, uma das tendências mais importantes do e-commerce mundial, ainda é incipiente no Brasil.
"As pessoas estão criando esse hábito, de entrar em uma loja on-line e visualizar os produtos pela tela pequena. O consumidor tem a conveniência de estar dentro de um shopping center e poder pesquisar os preços em outras lojas pelo comparador de preços e decidir pela melhor compra, esteja onde estiver. Nos Estados Unidos já existem casos de empresas que permitem a compra feita pela rede e retirada na loja física, assim como a troca. No Brasil ainda existem questões de legislação que precisam ser resolvidas pra isso", explica Guasti.
O perfil do consumidor mobile traz as classes A e B como as que mais consomem com a plataforma (62%), ante as classes C e D (27%). Este consumidor tem, inclusive, a renda média maior, se compararmos com a daquele consumidor apenas do e-commerce, sendo R$ 6.128 contra R$ 4.378.
Quanto ao sexo e idade, as mulheres são quem mais compram por smartphones ou tablets, representando 56% desse público. A média de idade deste consumidor é de 40 anos, sendo a faixa etária que mais realiza compras vai de 35 a 49 anos (39% delas e 38% deles).
Tratando-se das categorias que mais geram pedidos via tablets e smartphones, o ranking teve algumas alterações, em relação ao levantamento realizado no primeiro semestre de 2014. Em primeiro lugar ficou Cosméticos e Perfumaria/Cuidados Pessoais/Saúde (16,2% em participação), que tirou a de Moda e Acessórios (14,4%) do topo, colocando-a em segundo lugar. Em seguida estão Eletrodomésticos (11,5%), Casa e Decoração (7,8%) e Livros/Assinaturas e Revistas (7,7%).
Veículo: Diário do Comércio - MG