Projeção de inflação aumenta pela 14ª vez

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MERCADO FINANCEIRO prevê que alta de preços vai avançar 8,20% e PIB recuará 1,01% neste ano

 



Se o próprio Banco Central (BC) já “jogou a toalha” em relação ao cumprimento da meta de inflação para este ano, o mercado financeiro elevou pela 14ª semana consecutiva sua projeção para a alta de preços medida pelo IPCA em 2015. De acordo com o Relatório Focus divulgado ontem, a estimativa do grupo de economistas ouvido pelo BC passou de 8,13% para 8,20%.

No começo do ano, a previsão para a alta de preços de 2015 era de 6,39%. No fim do mês passado, o BC disse esperar inflação de 7,9% este ano, bastante acima do teto da meta que comporta alta de até 6,50%.

Por outro lado, a piora das expectativas quanto à inflação dos preços administrados – que envolvem energia, combustíveis e gás de cozinha, por exemplo – parece ter se estancado. Depois de 16 semanas consecutivas de aumentos nas projeções para o indicador, a previsão nesta semana ficou estável em 13% para 2015.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, tem reiterado que a alta desse conjunto de preços deve ficar circunscrita ao primeiro trimestre deste ano. Para 2016, a expectativa no boletim Focus é a de que a pressão para a inflação desse conjunto de itens seja menor. A estimativa continuou em 5,50% pela oitava vez consecutiva.

O mercado financeiro também manteve a perspectiva de que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 ficará negativo em torno de 1%, aumentando ligeiramente a estimativa de retração para 1,01% neste ano. Esta foi a 14ª revisão seguida para baixo desse indicador, que, há quatro semanas, mostrava estimativa de queda de 0,66%. Para 2016, a expectativa segue um pouco mais otimista, e inclusive melhorou desde a última semana. A previsão de alta de 1,05% foi substituída pela de 1,10%.

Apesar da expectativa de retração maior neste ano, o mercado está mais confiante nas novas negociações entre governo e Congresso para a votação dos ajustes fiscais, propostos pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Especialistas consultados pelo BC avaliam que a taxa Selic, que está em 12,75%, possa ter alta de 13,25% até o final deste ano. Para 2016, a perspectiva do mercado é que o juro básico volte a cair, fechando o ano em 11,5%, a mesma expectativa do mês passado. A elevação da taxa é uma das principais ferramentas do governo para controlar a inflação, que tem subido.



Veículo: Zero Hora - RS


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