Mercado prevê que economia brasileira vai encolher 5% até o fim do ano que vem

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                                                 Para economistas ouvidos pelo Boletim Focus, do BC, inflação ficará em 9,99% este ano.

O Brasil deve amargar uma inflação de dois dígitos neste ano. A pesquisa semanal que o Banco Central faz com economistas mostrou que a aposta para o IPCA, índice oficial, subiu de 9,91% para 9,99%. A recessão deve ser ainda mais forte. Não bastava 2015 ser considerado perdido. O ano de 2016 está cada vez mais comprometido. A economia deve encolher nada menos que 5% nesses dois anos.

A estimativa para a queda da atividade é de 3,1% neste ano e de 1,9% em 2016. Com esse cenário, o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil fica atrás apenas de países como Rússia e Ucrânia, países impactados pela guerra.

— O problema é que o Brasil não está em guerra. E não tem literatura econômica que resolva isso: desatar nó político — alertou o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.

A crise política afeta a economia porque aumenta a desconfiança em relação ao país. Investimentos minguaram com as incertezas. Mas outros fatores contribuem para agravar a crise. O reajuste das tarifas públicas, principalmente da energia, fez com que a inflação ficasse indomável neste ano. A previsão para o ano que vem já está próxima do teto da meta. A projeção é de IPCA de 6,47%, e o teto é de 6,5%.

Com dúvidas em relação ao dólar e, principalmente, aos gastos públicos, os analistas ouvidos pelo BC esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduza menos os juros básicos no futuro, do que previam nas projeções anteriores.

Até a semana passada, a estimativa era que a taxa Selic cairia dos atuais 14,25% ao ano para 13% anuais em 2016. Agora, a previsão é que o BC será mais cauteloso, e os juros chegarão no fim do ano que vem em 13,25%.

 



Veículo: Jornal O Globo - RJ


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