O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, reconheceu a importância do papel do mercado financeiro na economia, mas ressaltou que muitas vezes é preciso que o governo intervenha para coordenar temas e evitar problemas.
Em um painel do Fórum Econômico Mundial sobre a retomada do crescimento global, Barbosa também defendeu ação de governos emergentes para reduzir a desigualdade na sociedade.
"O mercado pode produzir progresso e produtividade, mas também pode produzir desigualdade e volatilidade. Isso requer alguma ação de governo", disse Barbosa.
O ministro defendeu que os governos não devem ser "atores, mas coordenadores" da economia, especialmente nos países emergentes.
Barbosa disse ainda que, em termos amplos, a principal responsabilidade dos governos é "manter a estabilidade econômica". Esse objetivo, explicou, pode ser atingido de várias maneiras e a população escolhe o modelo com as eleições.
Em relação aos indicadores tradicionais da economia, Barbosa disse que o "Produto Interno Bruto (PIB) não é a única variável objeto para as políticas econômicas", defendendo também o aumento da renda per capita.
Prisma Fiscal
O mercado financeiro projeta um déficit primário para o governo central em 2016 em R$ 68,23 bilhões, segundo pesquisa do Ministério da Fazenda com bancos, corretoras e consultorias.
Veículo: Jornal DCI