A mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2016 teve queda no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 2, pelo Banco Central (BC). Agora, a taxa está em 6,94% ante 6,98% da semana passada e de 7,28% quatro semanas atrás.
O Banco Central já vem informando que tem como foco não mais 2016, mas 2017, na tarefa de levar a inflação para o centro da meta.
No caso do ano que vem, a mediana caiu de 5,80% para 5,72%. Há quatro semanas estava em 6,00%.
No Top 5 de 2016, o ponto central da pesquisa ficou mantido em 7,05%. Há quatro semanas, essa mediana estava em 7,18%. Para 2017, o grupo dos analistas que costumam acertar mais as estimativas revisou a perspectiva para o IPCA de 6,00% na última semana para 5,90%. Há quatro edições atrás do boletim Focus, estava em 6,20%.
No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado em março, a estimativa do BC para o IPCA de 2016 estava em 6,6% no cenário de referência e 6,9% no cenário de mercado.
Para a inflação de curto prazo, a estimativa para abril teve uma leve alta, de 0,51% para 0,52% de uma semana para outra, ante taxa de 0,61% verificada há um mês. No caso de maio, a taxa ficou em 0,59%, contra 0,55% da semana da semana passada. Quatro semanas atrás estava em 0,53%. Já as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente caíram, passando de 6,20% para 6,19% - quatro edições atrás estavam em 6,48%.
Preços administrados
As projeções do mercado financeiro para os preços administrados de 2016 foram revisadas para baixo. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, a mediana das expectativas para este ano ficou em 6,95% nesta semana, contra 7,00% da semana passada. Estava em 7,40% há quatro semanas.
O Banco Central conta com uma forte desaceleração dos preços monitorados pelo governo para deixar o IPCA abaixo do teto da meta em 2016. Para 2017, a mediana das estimativas para os preços administrados sofreu uma queda, indo de 5,80% na semana passada para 5,73% - há quatro semanas estava em 5,50%.
No último Relatório Trimestral de Inflação, divulgado em março, o Banco Central revisou sua projeção para os preços administrados deste ano de uma alta de 5,9% para 6,1%. Para chegar a essa variação, o BC considerou hipótese de alta de 9,9% nas tarifas de ônibus, além de um recuo de 3,5% nos preços de energia elétrica. Para 2017, a expectativa apresentada é de uma alta de 5,0%.
IGPs e IPC-Fipe
As previsões para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de 2016, que ficaram em 7,19% no Relatório de Mercado Focus da semana passada, foram revisadas para baixo no documento divulgado nesta segunda pelo Banco Central. A mediana para o indicador deste ano foi para 7,12% - um mês atrás estava em 7,41%.
No caso do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de 2016, a taxa mediana passou de 7,38% para 7,35%, contra a expectativa de 7,67% apresentada um mês atrás.
Para 2017, a previsão central da pesquisa Focus para o IGP-DI ficou em 5,60%, ante 5,59% da semana passada - há um mês, estava em 5,50%. Em relação ao IGP-M, o ponto central da pesquisa ficou em 5,62%. Na semana passada estava em 5,60% e há um mês, 5,66%.
A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que mede a inflação para as famílias de São Paulo, teve uma queda, indo de 7,07% para 7,00% de uma semana para outra para o horizonte de 2016 - um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 7,07%. Para 2017, a expectativa ficou mantida em 5,40% - estava em 5,70% um mês atrás.
Veículo: Jornal A Tarde - BA