O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu em cinco das sete capitais pesquisadas na quarta quadrissemana de setembro em relação à terceira leitura do mês, divulgou a instituição ontem.
No geral, o IPC-S recuou de 0,18% para 0,07% entre os dois períodos. Em relação a agosto, o índice caiu 0,25 ponto percentual.
Por região, o IPC-S apresentou decréscimo na taxa de variação de preços em Salvador (0,19% para -0,04%), Brasília (0,33% para 0,19%), Rio de Janeiro (0,10% para 0,07%), Porto Alegre (0,10% para -0,09%) e São Paulo (0,26% para 0,10%).
Em Belo Horizonte, a taxa de inflação teve um aumento na mesma base de comparação (0,06% para 0,09%), assim como em Recife (0,27% para 0,32%).
Em São Paulo
Ainda ontem, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou que a inflação em São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), recuou 0,14% em setembro, o resultado mais baixo apurado pela desde março de 2013 (- 0,17%).
Segundo o coordenador do IPC, André Chagas, a baixa de 1,09% do grupo Alimentação foi determinante para a deflação no nono mês do ano. Trata-se da queda mais acentuada do grupo desde junho de 2016, quando caiu 1,35%.
"O resultado surpreendeu e é um ótimo sinal. Porém, deve voltar a subir em outubro", adiantou Chagas. A deflação veio mais significativa que a taxa de -0,05% aguardada pela Fipe para o IPC. Para o grupo de alimentos, ele previa variação negativa de 0,86%
A expectativa de Chagas é que o IPC feche este mês com alta de 0,27%. Contudo, a deflação apurada em setembro permitiu, segundo ele, a revisão na projeção para o dado fechado de 2016 para 6,60%, ante estimativa de 7,30%. "O importante é a trajetória de desaceleração do índice, que deve continuar", disse.
De acordo com o economista, um dos principais itens a contribuir para o declínio do grupo Alimentação em setembro foi o leite, um dos vilões da inflação dos últimos meses. "Terminou o choque de preços em leite." /Estadão Conteúdo
Veículo: DCI