São Paulo - A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revisou ontem (26) a previsão de queda do varejo restrito, no ano, para uma retração de 5,4% - 0,2 ponto percentuais acima da anterior. O anúncio veio após a divulgação da Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de outubro.
Em relação ao varejo ampliado, que considera também os setores de automóveis e materiais de construção, a contração passou de 9,4% para 9,5%. Para os economistas da entidade, mesmo diante de expectativas menos desfavoráveis, dificilmente o varejo deixará de registrar seus piores resultados históricos.
O índice ICF registrou no mês uma leve melhora, na comparação mensal, e fechou em 73,9 pontos, valor 2,4% superior ao registrado em setembro. Na comparação anual, no entanto, o indicador teve uma queda de 5,7%, e ainda se encontra bem abaixo da 'zona de indiferença', de 100 pontos (linha divisória entre uma perspectiva negativa e positiva).
"Há três meses que todos os componentes da ICF apresentam variação positiva na comparação mensal, mas, embora a confiança esteja subindo, ela ainda não foi transformada em vendas. A inflação e a recuperação do mercado de trabalho ainda são os principais motivos que justificam essa cautela do consumidor", explica a assessora Econômica da CNC, Juliana Serapio.
Dos sete componentes que integram o indicador, o único que ultrapassou a zona dos 100 pontos foi o relativo ao emprego atual, que ficou em 105,6 pontos. Em relação a setembro, o índice subiu 0,8%, mas, ante outubro de 2015, apresentou uma redução de 0,4%.
Já em relação às perspectivas profissionais, houve um aumento tanto na comparação mensal, de 1,4%, como na anual, de 0,8%. Apesar da melhora, o indicador mostra que 46,2% das famílias ainda consideram o cenário negativo para os próximos seis meses.
Fonte: DCI