Comércio de BH espera vendas recordes hoje

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Expectativa é de que lojistas da Capital saltem dos R$ 34 milhões faturados na data em 2015 para R$ 116,5 milhões




Para os mais "apressados", que não querem perder de jeito nenhum a oportunidade de faturar, ela já começou no início da semana. Mas é nesta sexta-feira (25) que, efetivamente, acontece a Black Friday. Com um "jeitinho mineiro", a famosa data para as vendas, que teve sua origem nos Estados Unidos, vem ganhando cada vez mais força no comércio brasileiro. Em Belo Horizonte, não é diferente. Apesar de o varejo do município ainda não ter números oficiais, as principais entidades representantes do setor na capital mineira garantem que, ano a ano, o faturamento vem crescendo na ocasião. Para alguns lojistas, o dia já é, inclusive, apontado como o melhor do ano para o comércio.

 

Vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marco Antônio Gaspar destaca que é nítido o crescimento da importância da Black Friday para o comércio em todo o País. O dirigente chama atenção para a evolução que a data teve principalmente nos últimos dois anos, quando conseguiu uma adesão real por parte dos comerciantes e vem conseguindo se desvencilhar do pejorativo termo que a acompanhava: "Black Fraude".

 

"Aquela ideia de ‘Black Fraude' desapareceu. Os lojistas passaram a dar descontos de fato atrativos e isso fez sucesso. Nos últimos dois anos, principalmente, a adesão aumentou muito e, neste ano, parece que vai ser ainda maior", afirma Gaspar, ressaltando o esforço que vem sendo feito pelos varejistas para alavancar as vendas e melhorar um pouco as perdas com a crise em 2016.

 

"A gente percebe que os lojistas estão dando descontos convidativos e vai ser um sucesso amanhã (hoje). Já está sendo, porque, como o Brasil não tem a tradição da comemoração de Ação de Graças, que antecede a data nos EUA, então, muitos comerciantes anteciparam a data desde segunda, tornando a ‘Semana da Black Friday'. Mas a grande maioria vai fazer a promoção mesmo nesta sexta-feira", completa.

 

Com base em dados gerados a partir do histórico das edições anteriores e no tráfego do idealizador do evento no País, o portal BlackFriday.com.br, a expectativa é de que Belo Horizonte movimente neste ano um volume financeiro em compras três vezes maior do que o observado em 2015. Com isso, a Capital saltaria de mais de R$ 34 milhões no ano passado para R$ 116,5 milhões em vendas em 2016.

 

Segundo o levantamento, os produtos mais procurados pelos consumidores locais nesta sexta-feira devem ser smartphones (19%), televisores (6%), notebooks (4%), eletrônicos (4%), eletrodomésticos (3%), eletroportáteis (3%), moda (3%), roupas masculinas (2%) e calçados masculinos (2%). Para o Brasil, a estimativa é de que a Black Friday alcance a marca de R$ 2 bilhões em operações comerciais. O número representa um incremento de 34% quando comparado ao volume verificado em 2015, de R$ 1,53 bilhão.

 

Apelo no e-commerce - Supervisor de marketing da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Luiz Henrique Silva explica que a data no Brasil ainda tem um apelo maior no e-commerce. Mas, mirando-se no exemplo de sucesso dos Estados Unidos, as lojas físicas do varejo no País vêm se esforçando para se consolidar na disputa pelo mercado da Black Friday.

 

"Vejo que as lojas têm trabalhado para estarem presentes na data. Elas têm buscado se personalizar com a identidade visual da Black Friday, têm feito movimentos para estimular o comércio. A data se tornou muito importante para os lojistas do varejo também", reforça.
Sobre uma possível concorrência com o Natal, ambos os especialistas não acreditam que a data afete as vendas de fim de ano. Entretanto, recomendam planejamento estratégico por parte dos lojistas para atingir o público-alvo, sem prejuízo do faturamento.

 

"A CDL-BH orientou os associados a fazer uma ação mais planejada, focando desde as compras junto ao fornecedor, para adquirir um produto mais barato. Com isso, eles conseguiriam um desconto na compra e, sacrificando um pouco a margem de lucro, poderiam oferecer um preço mais atrativo para o consumidor", pondera Gaspar. "O mais importante da data é você ter um desconto real, que seja mesmo imperdível. Muitas vezes, o comerciante trabalha com as promoções durante o ano, mas esta data é uma em que o desconto em si tem de ser realmente o grande diferencial, porque o pessoal já está atento às falsas promoções", destaca Silva.

 

 

Fonte: Diário do Comércio de Minas

 


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