Índice geral de preços subiu 7,18% em 2016

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Rio de Janeiro - O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 0,83% em dezembro, após subir 0,05% em novembro, divulgou sexta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou acima do teto do intervalo das projeções do mercado financeiro, que estimavam uma alta entre 0,37% e 0,82%, com mediana positiva de 0,69%. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma elevação de 7,18% no ano de 2016. As expectativas eram de avanço de 6,66% a 7,17%, com a mediana de 7,02%.


A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve alta de 1,10% em dezembro, após a ligeira queda de 0,01% em novembro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, cresceu 0,33% em dezembro, após alta de 0,17% no mês anterior. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, apresentou elevação de 0,35%, ante avanço de 0,16% em novembro.O período de coleta de preços para o índice de dezembro foi do dia 1º ao dia 31 do mês. O IGP-M de dezembro, que havia captado preços do dia 21 de novembro até o dia 20 do mês de referência, apresentou alta de 0,54%.


IPAs - Os preços dos produtos agropecuários, medidos pelo IPA agrícola, recuaram 1,16% em dezembro, após queda de 1,87% em novembro, dentro do IGP-DI. Já os produtos industriais registraram alta de 1,98% no atacado em dezembro, após avanço de 0,75% no IPA industrial do mês anterior. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 0,24% em dezembro, ante recuo de 0,55% em novembro. Os preços dos bens intermediários subiram 1,11% no mês passado, após redução de 0,20% em novembro. Os preços das matérias-primas brutas registraram aumento de 2,08%, ante elevação de 0,83% em novembro.


Núcleo do IPC-DI - O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna (IPC-DI) de dezembro subiu 0,46%, taxa maior do que a registrada no núcleo anterior, de 0,36%, referente a novembro, informou a FGV.O núcleo do IPC-DI é usado para mensurar tendências e calculado a partir da exclusão das principais quedas e das mais expressivas altas de preços no varejo. Ainda de acordo com a FGV, o núcleo acumulou uma elevação de 6,76% no ano de 2016.

 

A contribuição de maior magnitude para o avanço no IPC-DI partiu do grupo Alimentação, que saiu de queda de 0,12% em novembro para alta de 0,44% em dezembro, com influência de itens como as frutas, cuja taxa passou de 1,87% para 4,06% no período. Também apresentaram acréscimos os grupos: Transportes (de 0,42% para 0,78%), Vestuário (de -0,13% para 0,73%), Despesas Diversas (de -0,12% para 1,50%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,43% para 0,95%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,54% para 0,71%) e Comunicação (de -0,02% para 0,25%).

 

Os destaques foram os itens gasolina (de -0,09% para 2,05%), roupas (de -0,19% para 0,95%), cigarros (de -0,61% para 3,31%), passagem aérea (de 8,66% para 18,04%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,54% para 0,94%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de -1,52% para 0,71%). Na direção oposta, o grupo Habitação passou de alta de 0,17% em novembro para redução de 0,67% em dezembro, puxado pela tarifa de eletricidade residencial, que passou de 0,00% para -5,87%. (AE)




Fonte: Diário do Comércio de Minas

 

 

 


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