São Paulo - A queda de 3,2% nas vendas do varejo em fevereiro ante o mesmo mês de 2016 mostra que a situação ainda é desfavorável para o comércio varejista, segundo dados revelados ontem pelo IBGE.
De acordo com a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto, Juliana Vasconcellos, o resultado foi o 23º mês de desempenho negativo do volume vendido nesse tipo de comparação, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Comércio. "Fevereiro deste ano teve um dia útil a mais do que fevereiro do ano passado, mas esse efeito calendário não se refletiu em aumento do consumo", observou Juliana.
Em fevereiro, apenas uma atividade escapou do vermelho: Tecidos, vestuário e calçados tiveram crescimento de 3,6%. Os combustíveis, as lojas de departamento e os produtos farmacêuticos puxaram a queda no varejo restrito ante fevereiro de 2016.
Os resultados negativos foram registrados por Combustíveis e lubrificantes (-8,5%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-7,7%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-5,1%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%); Móveis e eletrodomésticos (-3,4%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-11,9%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (-7,0%).
No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, a retração de 4,2% nas vendas teve forte impacto da redução no volume vendido de automóveis. O varejo ampliado acumulou em fevereiro 33 meses consecutivos de perdas nesse tipo de comparação.
Em análise, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) reforça que, mesmo com a queda no juros e liberação do FGTS inativo, o segmento segue deteriorado porque o brasileiro priorizou pagamento de dívidas.
Fonte: DCI - São Paulo